Celulares na PCE leva ex-diretor da cadeia de Cáceres pro xilindró
Data:19/06/2019 - Hora:16h05
Arquivo
O ex-diretor da Cadeia Pública de Cáceres (2017) Revétrio Francisco da Costa, atualmente, diretor da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, o subdiretor da unidade de prenome Reginaldo, popular “Peixe” e outros três policiais militares foram presos em uma operação na manhã ontem, (18), na capital de Mato Grosso.
De acordo com a Polícia Civil, ao todo, a Operação 'Assepsia' foi montada para cumprir sete mandados de prisão e 8 ordens de busca e apreensão. Além dos diretores e dos 3 PMs, dois presos da PCE, líderes de uma facção criminosa também estão entre os que tiveram mandados cumpridos tiveram a prisão decretada. As investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) chegaram até os servidores depois que um freezer 'recheado' com 84 celulares foi entregue na PCE no dia 6 de junho.
Conforme noticiado, no dia 6 de junho, na Penitenciária Central do Estado (PCE), foram localizados 86 aparelhos celulares, dezenas de carregadores, chips e fones de ouvido, material este, acondicionado dentro da porta de um freezer, que foi deixado naquela unidade para ser entregue a um dos detentos. Equipes da GCCO estiveram na PCE e verificaram que não havia nenhum registro de entrada ou mesmo informações acerca da entrega do referido eletrodoméstico.
Diante dos fatos e da inconsistência das informações, todos os agentes penitenciários presentes foram conduzidos até a Gerência e questionados sobre os fatos. No mesmo dia, a autoridade policial determinou a apreensão das imagens do circuito interno de monitoramente da unidade, que foram extraídas por meio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
Por meio dos depoimentos, da análise das imagens e conteúdo de aparelhos celulares apreendidos e ainda, da realização de diversas diligências, foi possível identificar e comprovar de maneira robusta, que três policiais militares, dentre eles um oficial de carreira, foram os responsáveis pela negociação e entrega do freezer recheado com os celulares.
Com a ciência do diretor e do subdiretor da unidade, os militares enviaram o aparelho congelador que era destinado a um dos líderes de uma facção criminosa atuante no Estado. Ao longo das investigações, a Polícia Civil conseguiu comprovar que no mesmo dia, duas horas antes do freezer ser interceptado, os três militares e os diretores da unidade, participaram de uma reunião a portas fechadas com o preso líder da organização criminosa, por mais de uma hora, dentro da sala da direção. "Toda a dinâmica dos fatos foi registrada pelas imagens da unidade prisional”, aponta o relatório da investigação.
No decorrer das investigações, ficou constado ainda que o veículo utilizado para a entrega do freezer, na unidade, pertence a outro reeducando, que também é considerado uma das lideranças da mesma facção, que divide cela com o destinatário do equipamento. Os investigados poderão responder pelos crimes de integrar organização criminosa, corrupção passiva e ainda por facilitação de entrada de celulares em estabelecimento prisional.
fonte: G1-MT com Redação
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