Uma derrota para Todos
Data:07/06/2019 - Hora:07h18
Divulgação
O Papa afirma que a resposta não é abandonar quem sofre, somos todos mais sozinhos e mais frágeis, pontua Sua Santidade num tuíte na conta @Pontifex,: “a eutanásia e o suicídio assistido são uma derrota para todos. A resposta a que somos chamados é nunca abandonar aqueles que sofrem, não desistir, mas cuidar e amar para restaurar a esperança,” com o pensamento e a oração voltados para Noa Pothoven, a jovem holandesa de dezessete anos que escolheu morrer, domingo passado, 2 de junho, assistida por médicos especializados em suicídio assistido. Na esteira de seus predecessores, o Papa Francisco evocou muitas vezes, e com veemência, o respeito à vida desde a concepção até a morte natural. Em particular, em relação à eutanásia e ao suicídio assistido, disse que “são graves ameaças para as famílias no mundo inteiro”. Enquanto “sua prática é legal em muitos Estados, a Igreja a contrasta firmemente” e “sente o dever de ajudar as famílias que cuidam” de seus entes queridos quer doentes, quer anciãos – afirmou (Amoris laetitia, 48). Cultura da morte e cultura do descarte não são um sinal de civilização, mas um sinal de abandono que pode disfarçar-se também de “falsa compaixão”, ressalta. Ao invés, é preciso assumir a fadiga de colocar-se lado a lado e acompanhar quem sofre. “A dor, o sofrimento, o sentido da vida e da morte, afirma Francisco, são realidades que a mentalidade contemporânea tem dificuldade de enfrentar com um olhar repleto de esperança. No entanto, sem uma esperança confiável que o ajude a enfrentar também a dor e a morte, o homem não consegue viver bem e conservar uma perspectiva confiante diante de seu futuro. Esse é um dos serviços que a Igreja é chamada a prestar ao homem contemporâneo” porque o amor, aquele que se faz próximo de modo concreto e que encontra em Jesus ressuscitado a plenitude do sentido da vida, abre novas perspectivas e novos horizontes também a quem pensa não aguentar mais, acrescenta. Chegamos à dramática conclusão de uma vida igualmente dramática: os abusos, depois a anorexia e por fim a depressão... tudo isso coloca uma grande interpelação: não é possível que uma sociedade não saiba responder a esses sucessivos pedidos amor que são expressos inclusive dentro das várias situações tão difíceis que ela viveu. É uma grande derrota para a nossa sociedade, e para a sociedade europeia em particular, pensando que sobretudo os países do norte representam também uma sociedade desenvolvida, abastada, rica, mas como infelizmente muitas vezes se dá hoje em dia, caracterizada por uma solidão imperante. Somos talvez mais ricos, mas certamente todos mais sozinhos e todos mais frágeis. O Papa Francisco, com o Sínodo sobre os jovens, quis suscitar em todos um ímpeto de responsabilidade para com eles conscientes de que precisam de um fogo interior que nós mais adultos devemos ter a responsabilidade de transmitir, sem apagá-lo. Faço votos de que não seja um grito que acabe sem ser ouvido.” O amor é mais forte do que o sofrimento e até mesmo a morte.”
fonte: radiovaticana.va/news
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