Unemat sofre corte de bolsas e suspensão nos seus projetos
Data:06/06/2019 - Hora:08h47
Reprodução
Numa entrevista a um canal de TV em Cuiabá na manhã de ontem, o reitor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Rodrigo Bruno Zanin, falou sobre os problemas enfrentados para se manter os serviços das instituições. Conforme ele, a Unemat tem 13 campus, 36 cursos de pós-graduação e 60 cursos de graduação, com mais de 22 mil estudantes. Segundo Zanin, há seis anos a Unemat recebe o mesmo valor de repasse do governo estadual, (manutenção e custeio) na ordem de R$ 2,7 milhões a R$ 3,2 milhões.
Para o reitor, o valor representa um deficit de R$ 1 milhão daquilo que realmente seria preciso para manter a instituição e isso reflete diretamente em investimentos, como projetos de melhoria em segurança, informatização e até viagens a trabalho dos servidores.
“Tivemos uma queda do custo aluno que saía de R$ 1.080 por ano para R$ 180 por ano, ou seja, 82% de corte. Tivemos corte de bolsas de pós-graduação, entre mestrado e doutorado; agora, soubemos do corte de 2,7 mil bolsas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)”, comentou.
Como noticiado na grande mídia, a Capes anunciou na terça-feira (4) o corte de mais 2,7 mil bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado no país. Todos os cortes se aplicam em cursos com conceito nota 3 e valem para bolsas que ainda seriam futuramente concedidas.
O congelamento não afeta quem atualmente recebe o benefício. “Tem uma implicação direta que vamos enfrentar, a médio prazo de provavelmente todo investimento e planejamento que a universidade vem desenvolvendo quanto ao ensino superior quanto. Quando você tira o aluno da pesquisa, provavelmente terá frustrações”, alertou.
O reitor também falou sobre o contingenciamento financeiro enfrentado pelo governo de Mato Grosso. “Há um decreto que está longe do valor que a Unemat precisa, do ponto de vista financeiro. O repasse é feito pelo grupo prioritário de despesa de pessoal. Isso o estado cumpre e os salários são pagos em dia. Já o repasse para manutenção e custeio, a Unemat precisaria trabalhar com aproximadamente R$ 4,2 milhões por mês para fazer a máquina girar.
Hoje recebemos entre R$ 2,7 a R$ 3,2 milhões. É um deficit de mais de R$ 1 milhão. O reitor diz que a universidade recebe o mesmo valor para custeio e manutenção há seis anos.
fonte: Redação com G1/MT
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