Unificação e Reeleição
Data:06/06/2019 - Hora:08h22
Reprodução Web
Sempre que se fala em reformas, politico tupiniquim adora, seja pra empurrar problemas com a barriga, seja pra confundir o eleitor analfabeto, prá mostrar que trabalha e os cambaus, pura enrolação, que a maioria destes parasitas com mandato quer mais é coçar o saco, de câmaras de vereadores aos sofisticados gabinetes do congresso nacional, tudo as expensas do nosso suado bereré. Claro, que com as devidas cautelas, os marajás do legislativo há algum tempo vem batendo na tecla da reforma política, cujas emendas propostas não podem e nem devem atrapalhar suas maracutaias. Ultimamente, o tema abordado exumando a PEC 352/2013 do Vaccarezza, qual seja, a unificação de eleições, de Presidente a Vereador e a extinção da reeleição, mas, calma aí, só pro executivo. Uma das desculpas esfarrapadas seria a economia, que eleições a cada dois anos gastam bilhões de reais, como se eles estivessem preocupados com o fim da gastança perdulária. Houvesse realmente economia nesta unificação, que provado está é falácia, a extinção da reeleição deveria ser também de senador a vereador, certo? Já disse o sábio Juiz de Direito do TRE do Maranhão. Marlon Reis, idealizador e co-fundador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, um dos idealizadores e redatores da Lei da Ficha Limpa, que esta demagoga unificação não funciona e sim, acarretaria diversos problemas, no que concordamos em gênero, numero e grau. O primeiro, diz respeito ao exercício da cidadania. O comparecimento às urnas só em intervalos de quatro ou até de cinco anos, como querem os defensores da aludida PEC, inibiria o desenvolvimento da experiência política pelos cidadãos. É verdadeira a leitura segundo a qual democracia só se desenvolve em um contexto de efetiva participação democrática. A medida sujeitaria o povo a um longo período de letargia e inatividade, que de repente seria quebrada por eleições para cargos eletivos da mais alta diversidade. Seríamos uma sociedade de baixo índice de participação política; como uma ditadura que quando em vez realiza eleições para encenar ares de democracia. Amigos, votar de dois em dois anos representa um grande benefício, é a oportunidade conferida ao conjunto dos cidadãos de julgar os governos de forma relativamente frequente, decidindo por exaltar ou sufocar partidos. De outra parte, a lógica das eleições locais é distinta daquela presente nas eleições estaduais e nacionais. As eleições municipais chamam a atenção para os problemas locais, enquanto as gerais evocam preocupações mais abstratas. Tudo se discutiria num só momento, com prejuízo para a qualidade do debate político. Quanto a aludida economia, papo furado de politico demagogo, cediço, que eleições com mais candidatos são mais complexas e exigem maior volume de gastos. O número de candidatos em disputa é a variável que mais impacta o custo da administração das eleições e ampliando-se o número de cargos em disputa, aumenta-se invariavelmente o montante de dinheiro necessário para a viabilização da votação. Os que sustentam que a unificação proporcionaria economia de custos deveriam desde logo demonstrar os estudos de impacto em que se embasam e parar de falar abobrinha, defendendo sim, a extinção da reeleição de presidente a vereador, o resto é conversa fiada.
fonte: Da Redação
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