Caçando grilo em Reserva polícia descobre escravidão PM/MT com Redação Um idoso de 61 anos, o filh
Data:28/05/2019 - Hora:09h15
Ilustrativa
Um idoso de 61 anos, o filho de 17 e outro homem, de 49 anos, foram resgatados na última semana (22). Em Reserva do Cabaçal, na região de Cáceres, onde viviam em condições análogas à escravidão. As vítimas estavam trabalhando sem água, sem alimentação adequada, não tinham lugar para se abrigar para dormir e só deixariam o local, no mínimo, depois de 15 dias.
Eles foram encontrados em uma fazenda quando a polícia foi averiguar uma denúncia de que pessoas armadas estariam no local para realizar a demarcação de uma propriedade supostamente recém comprada, porém, o que foi encontrado, na verdade, foram trabalhadores em condições precárias de sobrevivência.
Conforme o boletim de ocorrência, um fazendeiro procurou a Polícia Militar na terça-feira (21), afirmando que sua fazenda havia sido invadida e que os invasores estavam armados. O fazendeiro alegava que um homem chamado Itamar procurou o gerente de sua propriedade e disse que havia comprado a fazenda vizinha, informando que daria início à demarcação territorial do local.
Assim que avisado sobre isso, o fazendeiro entrou em contato com o suposto comprador por um número que ele deixou e foi ameaçado pelo homem, que disse que era melhor o fazendeiro e seus funcionários ficarem longe da fazenda, “pois já havia colocado pessoas sob posse de armas de fogo dentro da propriedade do comunicante para que o serviço de demarcação fosse realizado sem interrupções e interferências”, consta no boletim de ocorrência.
Sem saber se a fala do suposto novo vizinho era verdadeira e se realmente ele e seus funcionários corriam riscos, o fazendeiro procurou a polícia e pediu que uma equipe o acompanhasse até sua propriedade para verificar se haviam pessoas armadas no local. Na quarta-feira (22), por volta das 15 horas, uma equipe militar e o fazendeiro foram até o local e, a princípio, nada foi encontrado. Porém, ao olhar um pouco mais longe, os policiais viram um barraco em uma propriedade vizinha com três trabalhadores, sendo que um deles era menor de idade.
No boletim de ocorrência, os militares narraram que os três trabalhadores estavam “em situações precárias e degradantes, sem acesso a água para consumo, onde teriam que deslocar por cerca de 3 km até chegar até o rio, sem banheiros, sem alimentação adequada, sem energia elétrica/gerador e sem local para descanso. Questionados, os três disseram ter sido contratados pelo mesmo homem que falou com o fazendeiro – que todos somente conhecem como Itamar – para demarcar com “marcos” e abrir “picadas”.
Diante do relato, os policiais resgataram as três vítimas e os levaram, com seus pertences, até a 2ª Companhia da Polícia Militar, onde foi registrado um boletim de ocorrência de “redução a condição análoga à de escravidão”. Assim como o fazendeiro que havia feito a primeira denúncia, as vítimas não souberam informar detalhes sobre o suspeito, acrescentando apenas que ele tinha informado ser proprietário de uma auto peças e de um restaurante na cidade de Mirassol D’Oeste.
fonte: PM/MT com Redação
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