Rua da Amargura
Data:01/05/2019 - Hora:09h54
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Hoje, dia do trabalho, ou do trabalhador,como queiram, seria ironia a gente abrir o espaço democrático de papo reto diário, desejando Bom Dia para todos, quando cediço, mais de 13 milhões estão na rua da amargura do desemprego, (dados do IBGE no 1º trimestre de 2019), sobrevivendo de biscates, os tais bicos, para não morrer de fome. Em tempos de ameaças à liberdade de expressão, nós da imprensa livre, com mais de meio século de circulação, primando pela ética, sem receio da verdade, não poderíamos nesta data que seria de sumaimportância à todos, deixar de abrir o caótico mapa do Brasil 2019: Desemprego: 13 milhões e 100 mil, 7,3% (mais 892 mil pessoas) frente ao trimestre de setembro a novembro de 2018 (12,2 milhões). População ocupada (92,1 milhões) caiu -1,1% (menos 1,062 milhão de pessoas) em relação ao trimestre de setembro a novembro de 2018 . População fora da força de trabalho (65,7 milhões), recorde da série histórica, com altas de 0,9% (mais 595 mil pessoas) frente ao trimestre de setembro a novembro de 2018. Para se ter uma ideia, a taxa de subutilização da força de trabalho (24,6%) no trimestre encerrado em fevereiro de 2019 subiu 0,8 p.p. em relação ao trimestre anterior (23,9%). A população subutilizada (27,9 milhões) é recorde da série histórica, com alta de 3,3% (mais 901 mil pessoas) em relação ao trimestre de setembro a novembro de 2018 (27,0 milhões). significando que quase 1 em cada 4 brasileiros aptos a trabalhar está fora do mercado de trabalho. Essa taxa é formada pela soma de três perfis que estão fora da força de trabalho: os desocupados, os subocupados e a força de trabalho potencial. Outro recorde é o número de desalentados, pessoas que desistiram de procurar trabalho e, por isso, saíram das estatísticas de desemprego. Esse número chegou a 4,9 milhões, um total de 4,4%. Traduzindo, neste caso, o percentual de desempregados no reino tupiniquim, seria de 18 milhões, somando-se o mínimo de quatro pessoas por casa de um desempregado, (ele, a mulher e dois filhos), 72 milhões de pessoas na exclusão da cidadania, sobrevivendo à míngua, com menos de meio salário minimo, catando latinhas nas ruas e praças para bancar um Peéfe. Enquanto isso, os cardápios sofisticados bancados pela nossa grana via impostos, banca os banquetes dos poderosos em Brasília, cerca de 2,8 mil refeições (almoços ou jantares), 180 cafés da manhã, 180 brunchs (cafés mais reforçados) e três tipos de coquetéis para 1.600 pessoas. No menu, pratos com medalhões de lagosta com molho de manteiga queimada, bobó de camarão, camarão à baiana, bacalhau à Gomes de Sá, arroz de pato, pato assado com molho de laranja, galinha d’Angola assada, vitela assada, codornas, carré de cordeiro, medalhões de filé, tournedos de filé com molho de mostarda, pimenta, castanha de caju com gengibre, entre outros. Prá descer goela ao bucho a gororoba, vinhos de seis uvas de variedades diferentes: Tannat, Assemblage, Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay e Sauvignon Blanc. Nos casos dos Tannat, Assemblage e Cabernet Sauvignon, obrigatoriamente de safra igual ou posterior a 2010.Onde é este banquete? Tá na rede, basta pescar, pelo menos pra ficar com lombriga aguada! E pelas ruas da amargura do desemprego, 4 milhões e 900 mil pessoas engrossam o cordão dos desalentados, aqueles que perderam a vontade, cansados de procurar em vão, uma ocupação formal. Então, amigos, não dá mesmo para se pensar em comemorar o Dia do Trabalho em tais condições, concorda?
fonte: Da Redação
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