Quando resolvi hoje abordar esta data, o Dia Nacional da Mulher, celebrado anualmente neste dia 30 de abril no Brasil, antevi que obviamente, muita gente iria arguir que havia uma confusão de datas, haja vista, que a data internacionalmente, se comemora no dia 8 de março, claro, daí o motivo especial de continuar dissertando sobre este último dia do mês de abril. Minhas amigas, especialmente, vocês, hoje é o nosso dia Nacional (em letras maiúsculas), embora deveriam reconhecer todos os dias do ano, como sendo nossos, não é mesmo? Acredito, que não por acaso, a data é véspera do Dia Mundial do Trabalho, viu como chegamos sempre na frente? Pois é, mas vamos lá: esta data foi criada para reforçar o desenvolvimento e reeducação social sobre os direitos que as mulheres deveriam ter na sociedade. Isso porque, ao longo dos anos, as mulheres enfrentaram e ainda enfrentam muitas restrições nas diversas sociedades predominantemente machistas e patriarcais. Assim como o Dia Internacional da Mulher, comemorado como dito supra em 8 de março, o Dia Nacional da Mulher também homenageia e lembra a luta das mulheres na conquista de seus direitos. Infelizmente, o Dia Nacional da Mulher não é devidamente difundido no país, quiçá pela data internacional ter ofuscado este 30 de abril, por ter se desviado de seu foco nos últimos anos, passando a ser visto como mais uma data comercial, mas a gente não poderias deixar passar em branco, este dia nacional. Somos a maioria em deveres, e minoria em direitos, não escondemos que nossa luta é pelo combate ao sexismo, à misoginia e a todos os outros tipos de discriminações contra o gênero feminino. Pra concluir, importante ensejar que o Dia Nacional da Mulher foi instituído em 1980, através da lei nº 6.791, de 9 de junho daquele ano e a escolha da data é o dia do nascimento de Jerônima Mesquita, uma homenagem a essa enfermeira brasileira que liderou o movimento feminista no Brasil e que colaborou na criação do Conselho Nacional das Mulheres. Além disso, Jerônima também foi a fundadora do Movimento Bandeirante, cujo principal objetivo era promover a inserção da mulher na sociedade em áreas diversas. Jerônima também esteve à frente de um importante documento à época, chamado de Manifesto Feminista. A história de Jerônima é singular: apesar de nascer em uma família privilegiada, com condições financeiras exorbitantes à época, ela desde a juventude se manteve próximo à causa social, desde a saúde com a Cruz Vermelha às lutas políticas pelo direito da mulher. Esteve à frente, junto a outras importantes personagens da história, de feitos importantíssimos para os avanços Brasileiros na luta feminista. Sem dúvida alguma, sua memória deve ser compartilhada e permanecer viva, para que novos avanços em prol de uma sociedade amplamente igualitária sejam possíveis e se depender da gente, a luta continua, com as bênçãos da Virgem Maria; Bom Dia!***___Rosane Michelis, é jornalista, bacharel em geografia e pós graduada em turismo.

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