Dinheiro dá em arvore, sim!
Data:17/04/2019 - Hora:10h05
Reprodução Web
Muitas fantasias embalam o universo infantil, dizem até que as crianças falam com os anjos, aqueles amigos invisíveis que a gente criava e pensava dialogar em nossos monólogos de antanho, quiçá, meio fora de moda em tempo de Pokémon e similares do mundo virtual. A ingenuidade dos inocentes era tamanha naqueles idos de nossa infância , que nos veio a tona a semana passada, aquela moeda de 200 réis, que havíamos plantado pensando dali germinar e nascer um pé de dinheiro. Posteriormente, já adolescentes, quando gastava além do bolso, os adultos nos alertavam que dinheiro não dá em árvore, mesmo papo de um deputado federal de Mato Grosso, lacaio do poder num canal de TV de Cuiabá, para justificar a falta de recursos do governo federal à setores da comunidade thcpa & cruz. Claro, que o mote voltou a tona da nossa cachola, décadas depois quando o dito cujo político veio com esta falácia esfarrapada, quando se sabe que o país retém na fonte do consumo do povo trabalhador, mais de R$ 730 bilhões somente este ano,dos quais, R$ 9 bilhões e 995 milhões em Mato Grossos no mesmo período e mais de R$ 2 trilhões em 2018. Então, amigos, dinheiro tem e muito, o que falta é uma equanimidade de direitos, pois grande fatia desta dinheirama vai para o luxo dos poderosos e seus lacaios em Brasília. Aliás, isso não é segredo prá Chico ou Francisco, assim como também, não é segredo que dinheiro pode sim dar em árvores, desde que não se agrida o meio ambiente e se respeite a Santa Mãe natureza. Se os impunes gafanhotos de gravata e sua peonada com motosserra e correntões estivessem atrás das grades, o desmatamento erradicado e em seu lugar, houvessem florestas e agricultura com manejo correto, as árvores dariam pencas de dinheiro e nãoestamos aqui nos referindo ao vegetal Callisia Repens, nativa da América Tropical, chamada de dinheiro em penca, dinheirinho, tostão e mosquitinho, que leva estes nomes, pelo fato de suas folhas apresentarem um formato que recorda uma moeda. Nem das páginas do livro dos professores Remoaldo e Maria Aparecida: “ Plantei uma moeda, nasceu um pé de dinheiro,” e sim, das plantas que semeadas em solo fértil, produzem riquezas, oposto do solo árido consequência das queimadas e desmatamentos. Veja o amigo leitor, que de agosto de 2017 a julho de 2018, dados dos ministérios do Meio Ambiente e Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, apontavam uma área desmatada de 7.900 km² na Amazônia Legal, incluindo neste espaço, o nosso Mato Grosso, mais pra Mato Fino. A análise foi feita com base em dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes). No período analisado, foi mapeado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) 7,9 mil km² de áreas desmatadas em todo o bioma. O índice é o maior registrado nos últimos 10 anos e como certeza, não vai parar de crescer, apesar da luta constante e infelizmente inglória dos reais voluntários amigos da natureza, como Bichos do Pantanal, Lobo Guará e outros, que acreditam que dinheiro se dá em árvore e comungam com a gente o quinhentista aforisma de Caminha: Em se Plantando, tudo dá, no que concluímos, em se desmatando, nada dá, uma triste realidade.
fonte: Da Redação
» COMENTÁRIOS
|
|
Publidicade
High Society
|