Feliz Ano Velho (?)
Data:21/12/2018 - Hora:17h43
Reprodução Web
O velho está agonizante, com seus dias contados, de costas, rumo ao horizonte, para uma viagem sem volta, ...o novo se aproxima num parto normal que será festejado com fogos de artificio, brindes de champanha para os mais abastados, aquela cidra de R$ 10,00 a garrafa, para os humildes e pros miseráveis, molhar a goela com um copo d’água mesmo e sonhar acordado que o ano zero-quilômetro possa tomar o lugar do velho, que já deu tudo o que tinha que dar. Como, se pular sete ondinhas fictícias pra quem não mora no litoral; trocar patuás com sementinhas de romã e lentilhas; prometer como no ano anterior; cantar “muito dinheiro no bolso”, com um salário mínimo de R$ 33,16/dia... “saúde prá dar e vender”, numa fila do SUS; abraçar qualquer estranho que estiver por perto, mesmo com aquele cecê ou bodum, e, tudo, valha nos Deus, porque um novo ciclo da vida, agora recomeça, será ? Somos mais pela teoria rasgada de Alexandre Versignassi e Rodrigo Rezende, para so quais, a geometria da vida é implacavelmente reta, você apenas fica mais velho a cada virada de ano e pronto. Não acontece nada de sobrenatural na meia-noite do dia 31 de dezembro, concorda? Se você pensou “concordo”, provavelmente está mentindo, para si mesmo, até, pois a ilusão de que as viradas de ano significam algo de bom e grande, é graças a ela que estamos aqui, vivo, há mais de 11.000 anos antes de Cristo e digamos, 6.000 depois dele, prestes a comemorar, mais pra comer e morar, a virada de um ano e a chegada de outro. Crises? Sempre existiram, há 11 mil anos atrás, de caça para nossos ancestrais homus-eretus, cuja salvação da espécie, foi a agricultura, impressão de alimentos, a terra, o cultivo, a colheita, rudimentar sim, mas a única forma de prosseguir com a espécie; nos últimos séculos, a impressão, de dinheiro pelos Bancos Centrais, para burlar os efeitos da crise, que não vai ser superada, exceto para os ditosVip’s, que continuarão sendo bancados pelos nossos impostos. Para eles, pode até ser que o ano comece depois do carnaval, porque prá nós, trabalhadores do batente diário, ele nem muda de dezembro prá janeiro, apenas o calendário e quem espera sair pelo menos de pipoca ou cordeiro no reinado de Momo, pode tirar a égua da chuva ou da sombra, que o trem é mesmo cosquento. Em janeiro vem o IPTU com reajuste bem mais alto que seu salário, que mal foi anunciado pelo governo em R$ 1006,00/mês, algo em torno de 5% da merreca de R$ 954,00 já puxou o aumento do custo de vida nos Peg-Pag’s da vida, os tais supermercados, do dinheiro de plástico nas maquininhas do capeta, com juros extorsivos. Débito, ou crédito? Claro, que é débito em seu bolso e crédito para aqueles que com respaldo oficial, remarcam cotidianamente os preços, sabe como é, ou paga, ou não come e reclama no Posto Ipiranga, que saco vazio não pára em pé. Apesar de tudo, amigos, que ilusoriamente ou não, tenhamos uma vã perspectiva onirica de um Novo Ano, se bom ou não, vai depender muito de nossa postura e coragem pra enfrentar os dragões do Leviatã; Bom Dia e até 2019 pra todos.
fonte: Da Redação
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