Delegado lamenta que pacientes morrem enquanto quadrilha age
Data:19/12/2018 - Hora:10h04
PJC-MT
O delegado responsável pela segunda fase da Operação Sangria, deflagrada pela Polícia Civil ontem, (18), Lindomar Aparecido Tofoli, afirmou que organização criminosa que montou um esquema para monopolizar a saúde no Estado de Mato Grosso, por meio de serviços médicos hospitalares, é formada por pessoas que “desprezam o valor da vida humana”.
“Pedimos apoio da população para transformar essa calamidade que é a saúde pública de Mato Grosso. Aquelas pessoas que foram prejudicadas, que tiveram parentes que morreram por falta de atendimento nos hospitais, que denunciem para que possam ser punidas com rigor essas pessoas que desprezam o valor da vida humana”, orientou o delegado.
Foram presos Huark Douglas Correia da Costa, ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Fábio Liberali Weissheimer, médico e sócio da Pró-Clin, Adriano Luiz Sousa, empresário e advogado, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Celita Liberali, Luciano Correa Ribeiro, médico e sócio da Pró-Clin, e Fábio Alex Taques. O secretário adjunto de Gestão de Saúde de Cuiabá, Flávio Taques, segue foragido.
Conforme o delegado, muitas pessoas foram prejudicadas pela falta de atendimento em decorrência de desvios de recursos públicos da saúde e pela atuação da organização criminosa que impede que outras pessoas qualificadas possam exercer a função em trabalhar para atender a população.
“Quantas vidas já foram ceifadas e quantos continuarão morrendo em hospitais públicos pelo descaso e pela ambição dessa organização criminosa, na maioria formada por médicos e que, na verdade, em vez de salvar vidas estão única e exclusivamente preocupados em ganhar dinheiro de todas as formas possíveis, levados por ambição desenfreada, sem qualquer tipo de escrúpulos e consideração pela vida humana”, destacou o delegado.
Os alvos da segunda fase, entre eles três médicos, um gerente de licitação, um coordenador financeiro e funcionários das empresas prestadoras de serviços médicos hospitalares, são investigados em crimes de obstrução à Justiça praticada por organização criminosa e coação no curso do processo.
A operação apura irregularidades em licitações e contratos firmados com as empresas Proclin, Qualycare e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e o governo estadual. Um segundo inquérito policial foi aberto no dia 14 de dezembro depois que a Polícia Civil detectou que os investigados estavam obstruindo o trabalho da Justiça.
fonte: G1-MT com Redação
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