Cavalinho Dalarma!
Data:19/12/2018 - Hora:09h16
Nosso editor Dannyelvis tem por hábito de função, aprofundar nas análises politico-economicas atuais do país, áreas que poucas pessoas cuidam, inclusive, algumas vezes, eu, mais por falta de tempo mesmo, (casa, empresa, rotary, salão, etc) apesar de pela manhã, cerca de 15 minutos no café, ler na net os principais informativos nacionais, a fim de começar o dia ciente dos fatos e num começar de dia destes, uma visão me levou à Europa do Norte. Sabe onde? num paizinho simpático, localizado na penísula Escandinávia, a Suécia, Sverige, para eles, onde estive pessoalmente nos anos 90 e voltei no tempo ao passar pela Rua Padre Cassemiro, 28 anos depois, vislumbrando Dalarma, o cavalo simbolo dos suecos, exposto ali, numa loja de roupas country, ao lado do cartório. O cavalo colorido da loja é identico ao Cavalo de Dalarma, (Dalahästen como os suecos o chamam), que naquela época, me deixou fascinada nas ruas de Estocolmo e num passeio à vila Nusnäs, pertinho de Mora, na região de Dalarma, daí o nome do simpático muar, arriscando-me a montar no equino de fibra e registrar na camera, aquele momento, que durou poucos dias, pois chegando ao Rio, de volta, perdi minha Yashica e lá se foi a lembrancinha fotográfica do Cavalo de Dalarma. Porém, ao rever a réplica, ali na Padre Cassemiro, voltei à terra dos Vikings. Lembro-me à , de me informar acerca do Dalarma, estava curiosa e fiquei sabendo que o cavalo é um dos símbolos mais apreciados e populares do artesanato sueco, pois são esculpidos em madeira e pintados à mão, principalmente em Nusnäs. Segundo li, há diversas fontes relatando sobre a história desse símbolo e algumas até meio estranhas. Uns, dizem que o cavalo era considerado um amigo fiel e trabalhador, por puxar grandes cargas de madeira das florestas durante os meses de inverno. Outros alegam que um soldado mais desastrado deixou um cavalo de madeira cair num frasco de tinta vermelha, e tem quem jura de pé junto, que o rei Gustav Vasa veio cavalgando sobre um cavalo imponente da Noruega com um adorno de rosas ao redor do pescoço. Há ainda quem diga que a dificuldade econômica do século 19 inspirou uma maior produção dos pequenos cavalos, pois serviam como um importante item de troca. A lembrança do Cavalo de Dalarma na visão do clone na loja de roupas country de Cáceres, me levou a pensar a quantos andaria a Suécia, 28 anos depois de minha viagem e numa busca através de pesquisas, constatei que politicamente correto, o país é orgulho de sua gente e vice-versa, sabem porque? Lá os políticos não têm imunidade e são julgados pela Justiça comum, os parlamentares dividem assessores e até o gabinete de trabalho; Existe um sentimento de igualdade, que faz com que os políticos não sejam vistos como pessoas de uma classe superior; um parlamentar ganha apenas, cerca de 50% a mais, em valores líquidos, do que ganha um professor, sem mais beneficios, e não por acaso, a Suécia está em 4º lugar no ranking da Transparência Internacional, lista que mede o nível de corrupção nos países, onde o nosso Brasil ocupa a vergonhosa 69ª posição. Sabiam que lá na na Suécia político é eleito para servir, e não para ser servido? Pois é, isso é fruto de uma cultura de total ausência de privilégios. Políticos e juizes suecos vão de ônibus e ou bicicletas, para o trabalho e moram em apartamentos funcionais que chegam a ter 18 m², tipo quitinetes. Tá duvidando, né? Vou tirar minha égua da sombra e voltar pra cozinha, cuidar do almoço; acho que daquele passeio, guardei comigo, um pouco de Suécia, deve ser. ***___Rosane Michelis – Jornalista, pesquisadora, bacharel em geografia e pós em turismo.
fonte: Rosane Michelis
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