O Lago dos Cisnes Brancos
Data:13/12/2018 - Hora:07h33
O dia 13, numero cabalístico que os pessimistas dizem ser de azar, para mim, tem um sentido especial, pois sou devota de Santa Luzia, cuja data se comemora nesta quinta feira, iluminando as rotas marítimas e fluviais deles, os homenageados pelo calendário na data especial 13 de dezembro, Os Marinheiros, cujo símbolo Cisne Branco, da marcha de Benedito Xavier, me leva a navegar nas plácidas, piscosas e límpidas águas do nosso marzinho, o Rio Paraguai, fazendo um breve hiato, para saudar os marujos da Agencia Fluvial de Cáceres pela data, voltando há 140 anos, na velha Moscou que vibrava em 1878 no Teatro Bolshoi, com a imortal obra de Piotr Ilitch Tchaikovsky, O Lago dos Cisnes. Quando adolescente, cheguei a tocar partes desta obra no piano e ainda me lembro da beleza da sinopse histórica inspiradora que vestiu cada nota da ópera. Encenada em quatro atos, a peça conta a história da princesa Odette, uma jovem aprisionada no corpo de um cisne pelo feiticeiro Von Rothbart. Vivendo no entorno de um lago formado pelas lágrimas de sua mãe, durante o dia, Odette se mantém em condição animal, se revelando humana somente por algumas horas da noite. Para se libertar dessa condição, ela precisa que um jovem admirador virgem lhe declare amor e fidelidade. E, caso seja traída, Odette permanecerá para sempre como cisne. No primeiro ato da peça, conhecemos o príncipe Siegfried que, em seu aniversário de 21 anos, sai para caçar e se depara com alguns cisnes. No segundo ato, seguindo as aves, pelas quais se encanta, Siegfried mal percebe o cair da noite e, de repente, se surpreende ao ver o mais belo dos pássaros que admirava se transformar numa linda mulher, Odette. A jovem revela a sua condição, mas, neste momento, o encontro é interrompido pela aparição de Von Rothbart. Siegfried dispara uma flecha em direção ao feiticeiro, mas Odette entra na frente, pois a morte de Von Rothbart sem a eliminação do feitiço a aprisionaria para sempre. O príncipe volta para o castelo, mas reconhece para si que deixou para trás o seu amor.
No terceiro ato, durante a sua festa de aniversário, Siegfried recusa todas as pretendentes que aparecem, apesar da pressão da rainha, a sua mãe. No entanto, em determinado momento, o príncipe se depara com a jovem Odile, o cisne negro, gêmea má de Odette e filha de Von Rothbart. Pensando se tratar de sua amada, ele é enganado, declarando amor e fidelidade a Odile. Ao se dar conta do que acontecera, Siegfried foge. No quarto ato, Odette e Siegfried, vindo da festa, se encontram no lago. Diante da maldição em que se encontra, reforçada pela traição não intencional realizada por Siegfried, Odette pretende se matar para se livrar de sua condição. Siegfried decide se unir a ela e os dois se jogam no lago, com a esperança de viverem juntos na vida após a morte. Com o ato do casal apaixonado, Von Rothbart recebe um choque mortal. Certamente, a densidade emocional do enredo do espetáculo, unindo sentimentos de esperança, paixão e desespero, tão comuns à vida humana, foi uma das bases para o sucesso de “O Lago dos Cisnes”. Nunca me esqueci deste enredo e com ele, homenageio hoje, dos cadetes ao almirante desta garbosa corporação, a Marinha. ***___Rosane Michelis - jornalista, pesquisadora, bacharel em geografia e pós em turismo.
fonte: Rosane Michelis
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