O Cisne e o Frango
Data:13/11/2018 - Hora:08h30
Reprodução Web
Os leitores podem até nos taxar de radical, tipo São Tomé, pessimista ao cubo, desconfiado ao extremo e algo mais. Acontece que a gente tem motivos de sobra para desacreditar ou no mínimo, ficar com um pé atrás nas previsões de mudanças em 2019 e anos seguintes, digamos, vários motivos para isso. Primeiramente, que mudanças, além daquelas de transportadoras, (sempre quebram alguns cacarecos, mas tem seguro), as cíclicas anunciadas em renovações de governos, no bojo, de forma dissimulada, pouco muda. Exceto, a mão grande no bolso e patrimônio do assalariado e classe media, que segundo os reformistas, devem contribuir para atenuar a crise que eles, políticos, mesmo criaram e criam. Todo final de mandato é aquela manjada carne com mandioca, como dizia a notável saudosa Dona Orfélia em seus jargões simplistas. As tais equipes de transição, tecnocratas pagos com nosso dinheiro, assim como os demais da trupe, reuniões diárias, déficits aqui, ali e alhures, ajustes fiscais e os cambaus, traduzindo, eles dizem que o país está quebrado, como se isso fosse novidade; que precisa salvar o erário dilapidado pelo relapso antecessor e que num consenso nacional todos devem se unir em prol da nação, ou seja, sacrificando ainda mais para tentar tapar o ralo deles nos próximos anos. Sempre, o povo, ninguém fala em salvar o erário, cobrando os grandes devedores, milionários do agronegócio, que segundo o próprio Jayme Campos faturam alto e nada pagam de imposto; os banqueiros que ganham bilhões de reais com 287% de juro médio ao ano no cartão rotativo; catalogar as grandes riquezas sem procedência legal e taxá-las conforme a lei vigente; teve uma seita religiosa que faturou R$ 11 bilhões em 2016 e por brecha de lei passível de reforma, é isenta de impostos: então gente, se existe quebradeira, não foi o pequeno e médio empresário, ou assalariado, responsável pelo rombo. No INSS, provado está por uma CPI, não existe déficit e sim superávit de R$ 258 bilhões de 2005 a 2015, o que não justifica uma reforma neste setor, para quebrar ainda mais os aposentados e pensionistas. Uma reforma precisa começar de cima pra baixo, sem mentiras, executando sumariamente mediante hipoteca e bens para leilão, de devedores Vips, no lugar de erroneamente se falar em tentar manter o aumento do PIS e da Cofins sobre os combustíveis para fechar as contas do governo. Enquanto isso, as empresas caloteiras com aval dos governantes acumulam uma dívida de R$ 545 bilhões em tributos, referente às contribuições sociais, que também incluem a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), consoante registro em documento da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). No dia que um governante executar os grandes caloteiros, quiçá, a gente pode ter alguma esperança, porque bater no peito, dizer que faz e acontece e fanfarronices politiqueiras que no frigir dos ovos só atingem os frágeis, como afanar cego a traição, chega. O que temos notado, é que o objeto da resenha é abjeto e a gente já assistiu a este filme. Enquanto isso, Alô Tchaikovsky o Cisne dança a ópera bufa no lago e na ópera do malandro, o Frango vai pra panela. Trocando em graúdos, já dizia o saudoso Jânio Quadros, só mudam as coleiras, então, amigos, não esperem por milagres, nem agora, nem daqui a 4, 8 ou 12 anos e senta pra não ficar cansado, se sobrar migalhas após a sova do pão, é lucro, Bom Dia!
fonte: Da Redação
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