O Dia de Todos os Santos
Data:01/11/2018 - Hora:09h21
Para explicar o Dia de Todos os Santos, porque da data ter sido instituída e o que ela representa, padre Fernando Santamaria, especialista em Escatologia, explica ser a solenidade alusiva à vocação à santidade, que é universal, ou seja, não reservada para poucos. Todos os homens e mulheres são chamados a serem santos. As pessoas que correspondem a este chamado, e que, portanto, viveram e morreram em Cristo se encontram com Ele no Reino Celeste. No Livro do Apocalipse, capítulo 20, São João afirma que é uma multidão. Porém, nem todos chegarão a ser canonizados pela Igreja; então, esta solenidade existe para recordar todos os fiéis que estão no céu. “São esses nossos irmãos e irmãs, de diferentes estados de vida, diferentes idades, que nós acreditamos que já contemplam a face do Senhor e já estão nesta dimensão triunfante da Igreja, esses que celebramos na Solenidade de Todos os Santos. Mas essa festa existe também, para recordarmos que todos nós somos chamados ao Reino Celestial.”
Para exemplificar, padre Fernando compara a data, a um monumento histórico, erguido para recordar soldados mortos em uma guerra. Não se sabe o nome dos soldados mortos em batalha, mas o monumento é erguido para fazer memória a todos eles. “A solenidade de todos os santos é comparável a esse ato civil. Há uma data e um marco para lembrar-se de todos num só [dia]. Lembramos de todos os santos e santas que não foram canonizados, mas que se encontram na glória.” Assim como muitos fiéis costumam celebrar seu santo de devoção e pedir sua intercessão, especialmente no dia dedicado a eles, neste primeiro de novembro, é possível pedir a intercessão de todos os santos canonizados ao longo da história da Igreja, inclusive, no século XXI, como João Paulo II, prova de que a vocação à santidade é possível. Entretanto, o padre destaca que assumir essa vocação não é obra pessoal, mas um projeto de Deus, somente possível com a graça d’Ele, ou seja, não se pode ter a pretensão de querer ser santo pelas próprias forças. “Os santos com muito esforço, muita graça de Deus, pelo mérito de Cristo, se santificaram, ao ponto de também agora terem méritos. Nenhum santo cura, liberta ou faz milagre, o único que faz milagre é Deus, mas Ele quis, por intercessão da Virgem Maria, dos santos e dos anjos, distribuir as Suas graças”. ***___Padre Fernando Santamaria, especialista em Escatologia e professor de Teologia Sistemática do Instituto de Teologia Bento XVI, da Diocese de Lorena (SP).
fonte: Padre Fernando Santamaria
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