Reprodução Web

Numa praça as pessoas se acotovelam para ouvir e aplaudir ou vaiar, o eloqüente orador que se derrama em palavras chavões, pregando tudo pelo social, a defesa intransigente da comunidade como um todo, que já fez e aconteceu na vida pública, que se nada fez, vai fazer, e tal e coisa, que otários acreditam e os mais céticos não contestam. O tal é um líder, ou pelo menos, pretende ser, quando tiver o poder de poder manipular as pessoas e se beneficiar do suor delas. De bobo se faz, para angariar a simpatia alheia e dela tirar proveito, claro, diferente dos grandes lideres da história, mas que estudou a vida de alguns para usar ao seu modo. O líder, sabe que o exercício da liderança têm sido foco de pesquisas do homem ao longo da sua história; que a condução de um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe que gera resultados, constitui a liderança; que a habilidade de motivar e influenciar os liderados para que contribuam voluntariamente e com entusiasmo para alcançarem os objetivos da equipe e da organização, depende da oratória e para isso, sua lábia dá pro gasto e sobra. Curioso é que os lideres que surgem de oportunismos, chegam, ganham a platéia e nesta girândola de falácias, acabam conseguindo seus intentos, as ovelhas devem gostar do pelo do lobo e de seu uivo, pois caem como patinhos n’água em suas garras. Desde o judaísmo, a primeira religião monoteísta, de milênios às seitas diversas espalhadas pelo planeta; desde os tradicionais partidos políticos de ocidente a oriente, aos nanicos caçulas, os lideres sempre estão presentes com suas falas-mansas, mãos leves, bolsos abertos para receber os bônus, uma matilha que morde mas as presas anestesiadas pela saliva algoz, nada sentem; ou, quando sentem, já é tarde, Inês está morta, o leite derramado e o gato desceu do telhado. Imune a todas as intempéries, o líder, em sua maioria mal-intencionado, se diferencia do chefe, por não ser encarregado de tarefa ou atividade de uma organização, apenas pleiteando comandar um grupo de pessoas, exercer autoridade de mando e exigir obediência dos aliciados, uma vez, no cargo de chefe. Seja político, empresarial, religioso, pouco importa, o ego do líder é dominar, desde que, há mais de 12 mil anos, o homo-sapíens habitou o planeta. O mais esperto da tribo, mais falante, sobrepujando os da terceira idade dos ancestrais de gerações seculares anteriores. Dizem que a vida humana surgiu na terra há mais de 200 mil anos e o planeta em idos milenares, chegou a alcançar uma população de 7 bilhões de habitantes, sem margem de erro, porque ainda não tínhamos o IBGE, mas com certeza, o líder, já existia e teria riscado em pedras, suas fake-news. Nem, a gente divagou um pouco, para lembrar aos incautos, o perigo de um falso líder, a frustração de seguir um deles e cair na real na curva seguinte, quiçá, sem condições de voltar ao caminho do arrependimento. Bom, amigos, é Deus, confiar com um pé atrás, sempre é recomendável, já notaram que até a sombra nos persegue? Pois é, o seguro morreu de velho, mas morreu.

»     Comentar

Nome
Email	(seu email não será exposto)
Cidade
	(Máximo 1200 caracteres)
Codigo