Iminente desativação da rodoviária preocupa comerciantes e usuários
Data:16/10/2018 - Hora:10h56
JCC
A véspera do feriado santo de Nossa Senhora Aparecida em Cáceres, amanheceu mais como uma ameaça à tranqüilidade e paz de parcela da população humilde, notadamente os comerciantes internos e do entorno do terminal rodoviário central, ante a iminência de um despejo do logradouro que recebe centenas de pessoas diariamente. Seja para embarque e ou desembarque, cidadãos que se deslocam até o centro da cidade para os mais diversos expedientes.
A nota que pegou os usuários e trabalhadores do local, referia-se a ordem de despejo que seria concretizada pela policia militar, com prazo de 48 horas em atenção a pedido da prefeitura de Cáceres e determinação da Justiça, na ação contra a empresa Horizonte Engenharia, pelo não cumprimento do contrato de concessão. Ainda segundo a municipalidade, em março a Justiça havia dado 30 dias para transferir a rodoviária do centro para o Terminal José Palmiro, inaugurado em 2008 e também, concessão da Horizonte.
O eventual desfecho dessa novela que segundo a prefeitura vem desde 2004, deve gerar um sem números de prejuízos aos usuários do terminal central e comerciantes, como Cleuza Fernandes, dona do Restaurante Prato Feito, que pode ficar desfeito, com o despejo da rodoviária. Há quase 30 anos no local, gerando seis empregos diretos, ela, teria que demitir 3, pois ninguém vai se deslocar para a José Palmiro, que fica no meio de um pasto. Para ela, o despejo da atual rodoviária é um grande descaso do governo municipal para o povo.
Da mesma opinião, a comerciante Hilda Xavier do Restaurante Rodoviário, que já soma na ponta da caneta os prejuízos que terá caso o terminal central seja mesmo despejado. “A gente tem aqui o ganha-pão, querem tirar isso do pobre trabalhador, vamos ter que demitir funcionários, mais desemprego, é uma lástima,” complementou.
Conforme apuramos junto ao taxista José Vitor, 6 anos de terminal central, (são 10 motoristas de taxi no local), quem vem de Mirassol D’Oeste, de Araputanga, Caramujo, etc., tem compromissos em bancos, médicos, compras no comercio, traz o dinheiro contado. “Uma corrida hoje da José Palmiro ao centro pode custar mais caro que a passagem de volta do ônibus intermunicipal. Vitor diz que ganha mais em frete do terminal aos bairros, que entre a José Palmiro, ao centro de Cáceres,” diz ele.
Revoltados com a possível desativação do terminal rodoviário central, o moto-taxista Antonio Demétrio Souza Nascimento e a micro-empresária Jorelandia Ferreira da Silva, (ela dona de uma barraca) defendendo ambos, uma reforma no local, mas nunca a mudança para a distante José Palmiro, complicando a vida de meio mundo, que depende do trabalho pra sobreviver. Ela se desespera só em pensar no despejo da rodoviária, cujos usuários representam sua sobrevivência.
Irredutível, a prefeitura afirma que a permanência da rodoviária central, em poder da concessionária é fruto de uma decisão judicial proferida em ação possessória, com contrato vencido, até que se inaugurasse o novo terminal, o que ocorreu em 2008. E, que com a nova rodoviária o contrato perdeu objeto.
fonte: Da Reportagem Local
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