Botelho descarta acordo para reduzir cascalho do legislativo
Data:16/10/2018 - Hora:10h43
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O presidente da Assembléia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM) se mostrou reticente quanto à possibilidade de aceitar uma redução no valor de duodécimo (repasse constitucional) da Assembléia Legislativa, admitindo que pode tratar do assunto com o governador eleito, Mauro Mendes (DEM), mas não vê espaço para redução. Mendes, por sua vez, antes mesmo de ser eleito, já deu declarações duras a esse respeito e disse que pretende convencer os chefes dos Poderes e instituições sobre eventuais cortes nos repasses.
“Eu vejo o seguinte: espaço para discutir, há. Espaço para reduzir, não sei. Já discutimos isso na PEC do Teto de Gastos. Não se pode falar: ‘Ah, a Assembléia é um quarteirão’. Não, a Assembléia é um Poder. Tem que entender isso”, disse Botelho, em entrevista a um site de Cuiabá. A reclamação de Botelho faz referência também a declarações feitas pelo vice-governador eleito Otaviano Pivetta (PDT) que afirmou que é preciso cortar as mordomias dos Poderes. “Não vejo possibilidade de reduzir no momento. A Assembléia é um Poder. Não há que se fazer essa comparação com quarteirão”, repetiu Botelho.
Ainda durante a entrevista, ele falou sobre a renovação na Assembléia Legislativa à qual ele atribui mais a um erro na composição das chapas que disputaram a eleição do que um possível recado das urnas aos parlamentares.
Botelho também falou da expectativa em relação ao novo governo eleito. Tratou também de sua relação com o governador Pedro Taques (PSDB) de quem ele diz não ser inimigo. “A última vez que conversei com ele, não senti que ele estava com clima muito amistoso comigo. Então falei: vou esperar passar a eleição pra voltar a falar com ele. Agora vou voltar, vou procurá-lo. Não sou inimigo dele, muito pelo contrário. Gosto muito dele como pessoa”, afirmou o presidente.
“Acho que o governador Pedro Taques foi importante para o Estado. Pode se falar tudo de Pedro Taques, mas ele não é um corrupto. Garanto para você. Não é! Ele quebrou um ciclo de corrupção que vinha dentro do Estado. Isso já pode ser considerado como muito positivo pra ele”, acrescentou.
fonte: M.N com Redação
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