Trânsito e os Jovens
Data:16/10/2018 - Hora:10h33
É muito triste quando a gente fica sabendo que mais uma vida se foi em segundos, de possível desatenção no volante de um carro, mesmo sendo estranho à gente, afinal, uma vida é uma vida; e mesmo que não tenhamos nascido pra semente, como diziam os antigos, a certeza da morte, não justifica sua extinção antecipada, sobretudo quando o de-cujus é jovem, casos infelizmente, comuns no transito. Recentemente saímos de uma campanha oficial de prevenção aos acidentes de transito, com exposição de carcaças em logradouros públicos, panfletagens, reuniões, palestras, etc., contrastando com o cotidiano que mata, aleija e causa prejuízos bilionários no planeta, seja em danos materiais e ou atendimento médico-hospitalar às vitimas de invalidez (provisória ou permanente) sobreviventes dos sinistros. Quando me refiro aos jovens, tomo como base levantamentos de 2017 da ONU, que mostra que os acidentes de trânsito representam a principal causa de morte entre jovens de 15 e 29 anos no mundo. Parece exagero, mas não é, dados oficiais apontam que mais de 1,2 milhão de pessoas perdem a vida em acidentes de trânsito todo o ano no mundo e os jovens continuam sendo os maiores causadores e vítimas de acidentes de trânsito, tanto no Brasil, quanto no exterior. Estive pesquisando e me deparei com várias hipóteses, que explicam porque a relação entre juventude e o trânsito é tão perigosa. Especialistas confirmam que existe um tripé neste contexto, a saber: a falta de habilidade na condução do veículo, o excesso de autoconfiança e o comportamento desafiador e compulsivo dos jovens, conseqüência da falta de educação como principal razão do comportamento de risco. O problema não se circunscreve às grandes cidades, capitais e metrópoles de unidades da federação, ele se faz presente nas medias e pequenas cidades interioranas, em BR’s e vicinal, seja por problemas mecânicos, falta de estrutura viária ou falha humana, esta, conseqüência culposa de imprudência, imperícia ou negligencia. A Organização Mundial da Saúde tem recomendado que a segurança deva aumentar, para diminuir a morte entre os jovens, com limites legais cada vez mais rigorosos quanto a ingestão de álcool por motoristas, redução dos limites de velocidade de carros, aumento da fiscalização, obrigatoriedade do uso de capacetes e cintos de segurança. Embora leiga no assunto, não contesto, apenas sugiro, que seja dado um enfoque especial na educação, que os pais façam com seus filhos a lição de casa. Não basta pagar auto-escola para o filhote, liberar as chaves do veículo para ele e achar que está tudo nos conformes, que não está. Acidentes acontecem, nem sempre por culpa do motorista e ou motociclista, pois o trânsito é uma armadilha para os incautos, muitas vezes a gente tem que dirigir focada nos carros da frente, de traz e de lado, além das devidas cautelas com os buracos do leito carroçável, firmes no volante e freio, se quiser continuar vivendo. Por outro lado, acidentes podem ser evitados, como diz nosso editor Dannyelvis, não faça do carro uma arma, a calma é preciso, numa direção. Pense bem, como é gostoso chegar em casa, abrir o portão, deixar o carro na garagem e ir descansar,Viva, não é mesmo? A gente se encontra na próxima, ok? ***___Rosane Michelis, jornalista, pesquisadora, bacharel em geografia e pós em turismo.
fonte: Rosane Michelis
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