Papa: ser humano não é mercadoria
Data:22/09/2018 - Hora:08h05
Divulgação
O Papa Francisco recebeu, na Sala Clementina, no Vaticano anteontem, 20,, a Associação italiana de Mutilados e Inválidos do Trabalho. Francisco destacou como preciosa a atividade incansável da associação em favor dos direitos dos trabalhadores, começando pelos mais frágeis e menos tutelados, como as mulheres, os idosos e os imigrantes. “O nosso mundo precisa fazer um salto de humanidade, que nos leve a abrir os olhos e ver que quem está diante de nós não é uma mercadoria, mas uma pessoa e um irmão na humanidade,” disse, convidando a associação a vigiar sobre a sua ação, enquanto olhando os dados do Relatório sobre saúde e segurança no trabalho. O Santo Papa reiterou, que, “junto com a cultura do trabalho e da segurança hoje, está em jogo a própria essência da democracia, que é baseada no respeito e proteção da vida de cada pessoa”. Por isso, pediu também um quadro legislativo mais adequado que responda às necessidades reais dos trabalhadores, bem como uma consciência social mais profunda sem a qual as leis permaneceriam letra morta. Francisco exortou a associação a realizar esta nobre missão, que contrasta a indiferença e a tristeza e aumenta a fraternidade e a alegria. “Reunindo e apoiando aqueles que sofreram mutilações ou invalidez no trabalho, e se esforçando para promover uma cultura e uma prática que estejam atentas à saúde e segurança, este organismo desempenha uma função social muito importante. Em nome do povo de Deus manifesto a esta associação estima e gratidão”, frisou o Pontífice.
“Quantas pessoas que sofreram acidentes no trabalho com conseqüências permanentes e debilitantes, vivem numa situação de particular sofrimento, especialmente quando a deficiência que elas trazem impede que continuem trabalhando e cuidando de si e seus entes queridos, como faziam antes. A todas essas pessoas expresso minha proximidade; Deus consola aqueles que sofrem e está aproximo a todas as situações de indigência e humildade. Com a força de Deus, cada um é chamado a um compromisso de solidariedade e apoio a quem é vítima de acidentes no trabalho, apoio que deve se estender aos familiares, também afetados e necessitados de conforto. Fazendo assim, esse organismo desempenha uma tarefa nobre e essencial, e chama toda a sociedade ao dever do reconhecimento e ajuda concreta aos que sofreram acidentes na realização de seu trabalho,” complementou o pontífice. A propósito da dimensão assistencial indispensável da associação, o Papa sublinhou que a doutrina social da Igreja recorda constantemente que deve haver equilíbrio entre solidariedade e subsidiariedade, e, que tal equilíbrio deve ser procurado e construído em toda circunstância e âmbito social. De modo, que de um lado, nunca falte a solidariedade, e do outro, não se limite a ela, tornando passivas as pessoas que ainda podem dar uma contribuição importante ao mundo do trabalho, mas envolvendo-as ativamente e colocando suas capacidades a serviço. ***___vaticannews.va/pt/papa/news/2018-
fonte:
» COMENTÁRIOS
|
|
Publidicade
High Society
|