Logo de manhã, ainda com aquele gostinho de café na boca, uma preguiça de segunda feira, calor cacerense pra mais de quilometro, vontade de ficar agarrada ao travesseiro, (sempre gostei deles, desde criancinha) mas, o dever me chamava;... e lá fui eu pra redação do jornal, alimentar o site e abrir alas para mais um dia de rotina, como diz o Rei. Olhei o Citzen no pulso, Carambola, já passava das 8 horas, o tempo estava meio enfarruscado, ou iria chover ou o sol tinha amanhecido com mais ressaca que eu, e olha que eu não bebo, no muito, uma champanha no Natal e Réveillon e só. Puxa vida, parecendo sete horas! Conferi no celular, é isso mesmo, então mãos a obra que já dizia Cazuza, o tempo não pára. E, para quem pensa que a vida num jornal é mamão com açúcar, aqui por ser um diário, a gente adotou uma política de racionalidade empresarial, se não, o bicho pega. Assim como meu editor que se vira nos 30 brigando com as páginas, (matérias, reportagens, artigos, editorial, etc.) minha função, modéstia a parte ou as favas como diz o Gilmar Mendes, exige que eu seja eclética, desde supervisionar a edição, cuidar da coluna social e compartilhar tudo com meu editor de confiança, cuidar da parte burocrática da empresa, claro, que em parceria com o contador, mas já dizia minha Nona, o olho do dono é que engorda o boi. Neste lufa-lufa, além de cuidar do periódico, missão que Mama me legou e num preito à sua memória vou correspondendo, ainda encontro tempo pros afazeres de dona de casa, mãe de família, reunião do Rotary, uns minutinhos com as amigas no celular, nem na Zumba tenho ido nos últimos dias, Bah! E depois de mais um dia como este, nem uma hora de almoço, control B, bate o martelo que amanhã vai ter mais uma edição do Correio Cacerense pros distintos assinantes, anunciantes e leitores das Bancas do Daud e da Praça Barão, c’est-fini, hora de descansar, como diz o Ascenso Ferreira, ... Pernas pro ar, que ninguém é de ferro, certo? Errado, lá vem uma visita, tava bom demais pra não acontecer mais nada hoje, acho que não rezei direito ao me levantar, isso mesmo. A tal visita, um conhecido que se acha muito esperto, apareceu lampeiro, com uns adesivos de candidato a deputado, santinhos e sem muitos rodeios pedindo o voto para seu correligionário, que segundo ele, se eleito, vai apoiá-lo em 2020 para vereador em Cáceres. Claro, que agradeci a visita, guardei o santinho no portas-caneta e deixei-o ir, pois precisava mesmo de um banho e aquela cadeira espreguiçadeira na varanda, na despedida de Guaraci, pra quem não sabe, o sol mesmo. Coitado desse meu conhecido, que vive na ilusão dos políticos, meditei com meus neurônios, sabe-se lá para quantas outras pessoas, o tal candidato prometeu apoios em troca de favores? Promessas, que jamais serão cumpridas? Pois é, ainda existem pessoas que acreditam no sexo dos anjos, e, como diz meu editor, Bom Dia!

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