Haitianos cruzam a fronteira em busca de refugio e trabalho
Data:15/09/2018 - Hora:08h54
Clovis de Almeida
Um grupo de haitianos está de passagem por Cáceres em busca de refúgio e trabalho no Brasil, através da fronteira com a Bolívia, eles estão vindos do Chile, onde moraram por cerca de 5 anos, após deixarem o Haiti, em razão da grave crise por que passa aquele país. Estefano Jean Deniz, representante do grupo de 50 pessoas que chegou, na última terça-feira (12), afirma que outra leva de 30 haitianos, está a caminho, procedente também do Chile.
Deniz conta que já morou no Brasil, em Santa Catarina, e foi pastor em Santiago do Chile, onde estudou Teologia. É ele quem conduz os demais haitianos, os ajuda com a língua portuguesa e nos trâmites burocráticos das aduanas e serviços de emigração na Polícia Federal.
Segundo Deniz, eles estão muito cansados da jornada, porque muitos trechos do caminho, desde o Chile, foram percorridos a pé, e que devem permanecer em Cáceres o fim de semana, o suficiente para se apresentarem na PF para os respectivos cadastros e entrevistas necessárias. “Daqui, alguns irão a São Paulo e, outros, para Santa Catarina”, indica ele.
O haitiano afirma que o sonho de todos é trabalhar, estudar e viver em paz no Brasil, até que possam voltar a seu país. “Deixamos nossos pais, irmãos e filhos. O coração dói”, desabafa Estefano. Dentre eles, há profissionais de todas as áreas, do ensino básico à formação superior.
A agente da Polícia Federal, Priscila Dantas da Silva, do setor de emigração, recebeu os representantes da Prefeitura Municipal de Cáceres, secretários Wilson Kishi dos Assuntos Estratégicos e Higor Fauber Lemes Oliveira, da Assistência Social, que buscaram informações, junto a PF, dos procedimentos legais e das obrigações para com a entrada dos estrangeiros no município, porta de entrada para o país.
Priscila explica que, pelo acordo internacional que o Brasil mantém com vários países, a PF tem o compromisso de atender documentalmente todos os estrangeiros que se declaram refugiados e dar a eles a legalidade provisória de permanência no país. O trabalho que os agentes de emigração fazem é o de identificar a todos, portadores ou não de documentos, e tornar legal a estada deles com autorização de permanência temporária, para que possam transitar livremente por todos os estados da Federação.
A identificação e entrevista de cada haitiano teve início na tarde da quarta-feira (12), na sede da PF de Cáceres e o município via secretarias de Assistência Social e de Esportes, cedeu espaço no Ginásio Didi Profeta, para que eles tivessem um mínimo de estrutura a fim de permanecer o tempo necessário para identificação na Polícia Federal. O apoio do Grupo Voluntários da Diocese de Cáceres e a Autarquia Águas do Pantanal permitiu que os haitianos recebessem água e comida.
fonte: Assessoria com Redação
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