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O intolerável é só a intolerância
Data:03/08/2018 - Hora:02h05

Nasci em uma nação formada por três raças tristes às vezes, como agora; de outras vezes, alegres. Amei negras e índias, menos brancas; nenhuma asiática por falta de oportunidade. O melhor amigo que tive, a quem devo carinho de irmão, é judeu. Estudei russo, embora tenha esquecido a língua; também inglês, francês, espanhol, latim, grego… Salivo com todas as culinárias e culturas humanas, até as que não conheço. Descendo da mais cruel das gentes, as da Europa, aquela ponta miserável da Eurásia de onde partiram os assassinos de povos e devoradores de civilizações. Que bom que ao menos uma vovó indígena me restou na ancestralidade! Mas não culpo europeu algum de hoje – ou norte-americano, que é o europeu em casa nova – porque não creio na herança das culpas nem na responsabilidade das partes no desempenho do todo.

Acredito que, se não houvesse contenção social, a tendência heterossexual seria dominante, mas não a única, nem na sociedade nem na vida das pessoas – porque ao sexo biológico, já em si duvidoso, acrescenta-se a representação simbólica na linguagem, que espelha vida e tece estranhas relações entre intimidade e afeto. Respeito as prostitutas, tanto as que se enquadram no vitimismo do discurso convencional quanto as vocacionadas e animadas na carreira que partilham com o mesmo estoicismo das meninas que, pelo avesso, se guardam para um “bom partido”. A vida é um jogo e fazem sua aposta. A pornografia, ao contrário do que pretendem os moralistas, existe para adolescentes, os na idade própria e os que prosseguem sendo. Os demais acham apenas chato, se não for belo, e desenvolvem seus próprios métodos. Tenho pena dos miseráveis, mas também dos muito ricos, que juntam fortunas de que não precisam, esmagando para isso tanto gente, perdem a noção do valor das coisas e, afinal, criam tolos armados de privilégios, com que tive que competir algumas vezes. Desdenho desses farsantes que usam o nome de Jesus para tomar dinheiro do salário dos pobres e recorrem sempre ao Antigo Testamento, que é a história de um povo onde tudo acontece, porque não encontram o apoio de que precisam nos relatos do Cristo. Sequer odeio os traficantes, porque sei que a droga, como muitas vezes a fé, é instrumento de controle social manipulado por interesses que não habitam morros nem correm riscos. Sei que a luta de classes é o motor da História, mas não acredito que o ódio seja a melhor juízo na condução das batalhas. É quando a raiva passa que a razão impõe o justo. A única coisa que não se pode tolerar, que impede a solução dos conflitos, é a intolerância. ***___NILSON LAGE, jornalista, mestre em Comunicação, doutor em Lingüística e Filologia.




fonte: NILSON LAGE



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Também estreando idade nova, a sempre elegante, Carla Samartino, que neste sábado apaga velinha e recebe o carinho mais que especial dos familiares e rol de amigos. Sucessos, Saúde, Amor, Paz e Prosperidades, são os nossos votos para o novo ano.  A coluna de hoje é dedicada a amiga de longas datas, Fidelmaria Reis, que nesta semana recebeu quilométricas homenagens pela comemoração de mais um ano. Na oportunidade filhos, netos, amigos cantaram o tradicional Parabéns.  Nós da família do JCC desejamos que esse novo ano seja o melhor que já viveu. Feliz Aniversário! Celebrou data nova a linda Juliana Bruzzon que recebeu os calorosos abraços dos pais Amarildo e Zezé, dos amigos e familiares. Desejamos um ano pleno de alegrias e sonhos realizados.
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