Vasta área de Cáceres e Poconé na mira de Unidades de Conservação
Data:02/08/2018 - Hora:07h15
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Produtores rurais de Cáceres e Poconé estão apreensivos com a possibilidade de criação e ampliação de 523.369 hectares de Unidades de Conservação (UCs) no Pantanal Mato-Grossense. A proposta apresentada esta semana em Consulta Pública pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), uma autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), irá impactar inicialmente 103 produtores desses municípios.
As consultas públicas aconteceram em Cáceres e Poconé e tiveram a participação de mais de 400 produtores rurais, lideranças do agro, representantes da sociedade civil, do comércio e turismo da região.
O ICMBIO apresentou a proposta de criação da Reserva de Fauna do Pantanal que ocupará 165 mil hectares entre a Estação Ecológica Taiamã e o Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense; e a criação do Refúgio de Vida Silvestre da Onça-pintada que somará 270 mil hectares entre o mesmo parque e o Parque Estadual Encontro das Águas, incluindo a Reserva Particular do Patrimônio Natural Dorochê e propriedades privadas.
As ampliações irão atingir 33 mil hectares do Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense e 51 mil hectares da Estação Ecológica de Taiamã, ambas englobam propriedades rurais limítrofes a essas unidades.
O Instituto argumenta que as áreas sugeridas são alagadas e improdutivas. No entanto, um estudo do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) identificou que 57% dessas áreas são propriedades rurais. Além disso, 30% têm aptidão regular para pastagem plantada, somando pouco mais de 281,8 mil hectares, e aptidão para silvicultura (287,9 mil hectares).
O presidente do Sindicato Rural de Cáceres, Jeremias Pereira Leite, alerta que os impactos sociais e econômicos na região são imensuráveis, com a desvalorização das áreas produtoras do Pantanal e que o produtor zela pelo bioma há mais de 300 anos.
Sobre o polemico assunto, André Baby secretário de Meio Ambiente e José Luiz Fidelis, da Famato, se disseram contra a pretensa UCs, alegando que 83% do bioma Pantanal estão preservados.
fonte: Assessoria com Redação
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