O empresário e ex-executivo da EIG Mercados, Valter José Kobori, preso desde o dia 9 de maio, em decorrência da deflagração da 2ª fase da “Operação Bereré”, denominada “Bônus”, impetrou na última terça-feira (24) com recurso no Supremo Tribunal Federal, contra a sua prisão. O pedido de habeas corpus foi distribuído para a ministra Rosa Weber, responsável pela operação no âmbito do STF, porém, devido ao recesso, o pedido foi encaminhado para a presidente, ministra Carmem Lúcia, que deve emitir uma decisão até esta sexta-feira (27).

Kobori é acusado de envolvimento em um esquema que movimentou mais de R$ 30 milhões em propina por meio de um contrato firmado pela EIG Mercados (antiga FDL Serviços) com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) para registro de contratos de financiamento de veículos. De acordo com investigações, ele teria repassado R$ 2,6 milhões ao ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, para manter o contrato milionário da empresa EIG Mercados com o Detran no atual governo.

O empresário recluso, já teve vários pedidos de liberdade negados pela Justiça de Mato Grosso e também em instâncias superiores. Ontem, (26), o Tribunal de Justiça deveria analisar um recurso protocolado por sua defesa, mas até oi fechamento desta edição, não havia confirmação de alguma decisão. Além de José Kobori, também foram presos os empresários Roque Anildo Reinheimer e Claudemir Pereira dos Santos, da Santos Treinamentos, o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, seu irmão, Pedro Zamar Taques e o ex-deputado estadual Mauro Savi (DEM).

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