Lobo-Mau sem Chapéu
Data:24/07/2018 - Hora:08h51
Um assunto que tem gerado polemicas, revoltas, discussões e poucas conclusões, a pedofilia, ilustra reportagens na mídia atual, seja de forma discreta ou sensacionalista, escrachando os autores e nas páginas da editoria policial; convenhamos, algo, infelizmente necessário, sobretudo para tornar público os algozes, quando possível, pois pelo ECA, em se tratando de intra-familiares, apenas as iniciais do violentador podem ser divulgadas, para proteção da vitima. Quando me propus a abordar este tema, tentei, confesso sem conseguir, deixar de lado a minha posição pessoal, que assim como a da maioria, é de aversão a tais casos e confesso não foi fácil discorrer e para ser totalmente imparcial, busquei pesquisar o tema, analiticamente. Na análise etimológica pedofilia é uma palavra que deriva do grego ped (o), paídos, que traduz a idéia de criança e phílos, que expressa o conceito de amigo. Nos meios de comunicação, o vocábulo designa a conduta da pessoa, principalmente homens, que praticam sexo ou qualquer ato libidinoso com crianças. Na classificação médica, a pedofilia é vista como um transtorno de preferência sexual, que se encontra junto a outras parafilias, os desvios de conduta sexual, ou seja, uma perversão sexual, inseridos na CID, a Classificação Internacional de Doenças. Estive pesquisando Fiorelli e Mangini, e segundo eles, a parafilia, consiste em fantasias, anseios sexuais ou comportamentos recorrentes, intensos e sexualmente excitantes envolvendo objetos humanos ou situações incomuns. Para alguns cientistas, uma doença, uma patologia, para alguns psicólogos, transtornos psicológicos que podem ter sua origem em genética ou em comportamentos sociais. No consenso comum, a pedofilia constitui transtorno psicológico da sexualidade do indivíduo, uma espécie de conduta que não constitui fato típico, vez que se caracteriza pelo desvio no desenvolvimento da sexualidade, onde existe o desejo de adultos por crianças. Veja o leitor, que é um assunto por demais complexo, porém, patologia ou transtorno, não se pode ignorar tratar-se de um crime, e, repugnante, asqueroso, hediondo, que se exige a clausura do autor, seja numa penitenciária ou num manicômio judiciário, livre, é que não se pode admitir, seja ele, estranho ou intra-familiar à vitima. O abuso sexual seja contra quem for, deve ser repelido, coibido e punido, pois se origina e se robustece de violência, do latim “violentia”, ato de violentar, constrangimento físico ou moral, ao qual pode se acrescentar a coação ou coerção psicológica. O crime cometido pelo pedófilo, seja ele intrafamiliar ou não, revela a negação de valores considerados universais, praticamente, marcando para sempre a vida das vitimas. Como muito bem frisou a renomada psiquiatra Sahika Yuksel, o estuprador é alguém que ataca sua presa para conseguir um objeto, e a mulher é objetificada neste caso, trata-se de poder e há também pessoas que sentem prazer com isso. Então, amigos (as), em se tratando de violência, todos os atos decorrentes dela, devem merecer a minha, a sua, a nossa repulsa, especificamente, aquela que viola física e psicologicamente outrem, ainda mais, com o gravame de pátrio-poder a uma indefesa criança. Escusas aos mais liberais, mas papo reto? Não aceito justificativas. ***___Rosane Michelis – Jornalista, pesquisadora, bacharel em geografia e pós em turismo.
fonte: Rosane Michelis
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