Jornais velhos, Mesmo!
Data:06/07/2018 - Hora:09h14
Reprodução Web
O amigo jornalista Fernando Brito,conceituado analista critico político do reino tupiniquim, menciona o sabor ácido de uma reportagem curiosa do UOL esta semana, narrando os problemas das plantações de abacaxi pela falta de jornais velhos que embrulhe os frutos ainda jovens, para protegê-los do sol, que a planta pede. Coincidentemente, aqui no Correio Cacerense também, um médio agricultor esteve a busca de jornais velhos para embrulhar abacaxis de sua plantação, reféns da seca e do sol aqui do centro-oeste. Assim como o Brito, somos igualmente, do tempo em que a transitoriedade da glória jornalística era simbolizada pela frase: o jornal de hoje embrulha o peixe de amanhã e isso ensinava muito aos jornalistas. Podava-lhes a pretensão e os continha no papel de narrador, não o de personagem, dos fatos. Vivemos sim, o efeito terrível da televisão sobre o jornalismo e não foram um nem dois que se perderam na vacuidade de se tornarem sub-celebridades, moléstia que se espalhou para a internet e que, em todos os campos, é de horrorizar aos veteranos do tempo quando se dizia que jornalista não é notícia. Li, hoje, que a Abraji – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo – financiada por 20 jornais – fará um “centro de checagem” de supostas “fakenews” na internet. É triste ver que o ímpeto desmistificador da geração mais jovem de jornalistas não tenha a mesma intensidade contra as semi-fakenews da mídia convencional, esta mesma que embrulhou, para o país, o “abacaxi” gigante que nos atirou no desastre institucional, político, econômico e social, que nos encontramos hoje. Você perde seu tempo, se parar para ouvir comentários de lacaios a serviço do poder podre num noticioso da TV ou na internet, que diferenciam muito pouco do jornal velho que ainda serve para embrulhar abacaxis ou peixes. É tão ridículo, quanto ler chamadas como as que temos hoje de pseudos jornalistas editorando artigos, matérias fakes e comentários contra ministros que no bunker da resistência democrática, lutam para impedir o tsunami orquestrado por poderosos que municiam com dinheiro público as TVnenos ditas grande mídias, inimigas do povo. Tem coisas que ninguém questiona, o povão, porque tem mais é que trabalhar mesmo, pagar impostos e fingir que vive, já a grande mídia peca ao não combater a prisão domiciliar de filhos de imigrantes (deportados pelo governo Trump) e não cobrar dos poderosos a libertação das crianças reféns do Herodes gringo do século XXI. Uma delas, claro, está mais preocupada em faturar o monopólio da Copa na telinha, enquanto as demais se contentam com as migalhas de carona, sinal que a coisa anda mesmo Russa na grande mídia do patropi. Este tipo de imprensa, com a devida vênia, se fosse escrita, realmente, nem precisava ser jornal velho, que só serviria mesmo para embrulhar abacaxis e peixes, porque nova, embrulharia o estomago do incauto leitor, o oposto da pequena grande mídia interiorana como a de Cáceres.
fonte: Da Redação
» COMENTÁRIOS
|
|
Publidicade
High Society
|