Uma mulher que havia dito ter sido estuprada no dia 1º de junho dentro de um motel, no bairro DNER, em Cáceres, foi indiciada por falsa comunicação de crime. E. R. C (20) desmentiu a própria denúncia durante um depoimento no CISC, onde Rogério Cesar Santos Lourenço, 42, havia sido preso suspeito do fato. 

Conforme a acusação da até então vitima aos policiais militares, ela havia sido levada a força para um motel e mantida durante cerca de 4 horas, sendo abusada e forçada a usar entorpecente na companhia de um homem que teria conhecido em um baile. 

A delegada Judá Maali, titular da Delegacia da Mulher de Cáceres e que estava de plantão sábado último, (2), disse que, desde o início, estranhou a história contada pela mulher e decidiu acompanhar de perto a coleta de informações e depoimentos, e durante algumas horas a mesma teria entrado em contradições diversas vezes em seus depoimentos. 

Os exames de corpo de delito não apresentaram nenhum sinal de que havia tido estupro da vítima, e que havia tido conjunção carnal. Ao notar que suas mentiras haviam caído por terra, a aludida vítima acabou dizendo que inventou toda a história. 

E.R.C disse a delegada que seria usuária de drogas, que estava sem usar a muito tempo, e que no motel usou com o parceiro, inclusive adiantando ser homossexual, e que por isso, após adormecer em sua residência, ficou com raiva por ter ficado com um homem e resolveu com ajuda de uma amiga mentir e prejudicar o indivíduo, com quem supostamente havia mantido relações sexuais com seu consentimento. 

O laudo para estupro deu negativo, e a mulher responderá por falsa comunicação de crime. O processo foi encaminhado para a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, o delito ao qual responderá será denunciação caluniosa. A pena pode ser de 2 a 8 anos de prisão. Já quanto a Rogério e seu irmão, envolvidos nas agressões aos policiais, eles vão responder por resistência à prisão, danos e lesão corporal, porém em liberdade.

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