MP acusa esposa de lavar propinas de Pedro Henry
Data:19/05/2018 - Hora:08h13
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O Ministério Público Estadual acusou a empresária Ivanilda Santos Henry de ter “lavado” R$ 299,2 mil de propina paga pela empresa EIG Mercados ao seu marido, o ex-deputado federal Pedro Henry. A acusação consta na denúncia oferecida na última quarta-feira (16) e é relativa às investigações da Operação Bereré, que apura esquema de fraude, desvio e lavagem de dinheiro no âmbito do Detran-MT, na ordem de R$ 30 milhões, que operou de 2009 a 2015.
Segundo as investigações, parte dos valores repassados pelas financeiras à EIG Mercados por conta do contrato com o Detran retornava como propina a políticos e empresários, dinheiro esse que era “lavado” pela Santos Treinamento – parceira da EIG no contrato - e por servidores da Assembléia, parentes e amigos dos investigados.
Pedro Henry, que já foi condenado no caso do Mensalão é apontado como um dos líderes do esquema e teria sido o responsável por articular a parceria entre a EIG e a Santos Treinamento, no intuito de viabilizar o “propinoduto”. Conforme o MPE, o empresário Marcelo Costa e seu irmão, o advogado Antonio Costa, sócios da Santos, eram os responsáveis por receber a propina destinada ao político.
Na denúncia, consta que a lavagem do dinheiro feita por Ivanilda Henry ocorreu em 13 oportunidades, de 2010 a 2014. As propinas eram pagas pelos empresários José Ferreira e José Henrique Gonçalves (pai e filho), que são sócios da EIG e delatores dos crimes.
Para tal, além de Marcelo e Antônio Costa, ela também teria contado com a ajuda de seu sócio na empresa Hiperbárica Santa Casa Ltda, Roberto Abrão Júnior. Consta na investigação que a EIG Mercados, em janeiro de 2010, fez três transferências bancárias, no valor total de R$ 115,5 mil, em favor do Jornal Resumo On-line, de propriedade de Abrão, Júnior que repassou a Ivanilda Santos Henry, a fim de ocultar o verdadeiro proprietário e destinatário do dinheiro, Pedro Henry Neto.
O MPE ainda acusou o empresário Marcelo Costa de também ter colaborado para a lavagem da propina a Henry, em 2014, por meio de uma transferência de R$ 4,6 mil ao jornal, repassados a Ivanilda Santos Henry, a fim de ocultar o verdadeiro proprietário e destinatário do dinheiro, Pedro Henry Neto.
fonte: M.N com Redação
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