Alô, leitores semanais, há menos de um mês, teremos a abertura em Cáceres do maior festival de pesca embarcada do planeta, o nosso FIPe em sua 37ª versão. Eu seria suspeita de ficar aqui rasgando seda, afinal, o patrono criador deste evento marca registrada da Princesinha do Pantanal é o meu saudoso pai Aderbal Michelis, mas não poderia me furtar ao nosso ícone pantaneiro, quando comemoramos o Dia Nacional do Turismo, neste 8 de naio. E modéstia a parte, sobre turismo, este conjunto de atividades que envolvem o deslocamento de pessoas de um lugar para outro, seja ele doméstico ou internacional, posso falar de cátedra, mercê do curso de pós graduação que fiz após o bacharelado de geografia, um complementando o outro. Filha de Cáceres, posso afirmar, que a cidade é um grande laboratório para os turismologos, um paraíso, para os visitantes e, como diz o nosso editor e musico Daniel Macedo em suas musicas pantaneiras, uma Princesa que nasceu Rainha. Bucólica, plácida bicentenária com seus casarios seculares, fauna e flora legados pela divina providencia aos filhos da Mãe Natureza, teria tudo para estar entre as 29 cidades turísticas do Brasil, mas não está. Busquei a lista para não deixar dúvidas, Lá vai: Fortaleza, Ceará; Blumenau, Santa Catarina Olinda, Pernambuco; Ouro Preto, Minas Gerais; Salvador, Bahia;Florianópolis, Santa Catarina; Gramado, Rio Grande do Sul; Maceió, Alagoas; Rio de Janeiro, Rio de Janeiro; Morretes, Paraná; Curitiba, Paraná; Holambra, São Paulo; Fernando de Noronha; São Francisco do Sul, Santa Catarina; Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul; Monte Verde, Minas Gerais; Brasília, Distrito Federal; Pirenópolis, Goiás; Joinville, Santa Catarina; Garibaldi, Rio Grande do Sul; Petrópolis, Rio de Janeiro; Porto Seguro, Bahia; Pomerode, Santa Catarina; João Pessoa, Paraíba; Diamantina, Minas Gerais; Gonçalves, Minas Gerais; São Paulo, São Paulo; Campos do Jordão, São Paulo e São Bento do Sul, Santa Catarina. Tudo bem que tem umas pérolas na lista que não perdem em nada para os milenares destinos de cosmopolitas, assim como a nossa estrela fronteiriça, cujo brilho na reserva da biosfera, acredito, fica embaçado pela falta de uma política séria voltada ao setor, que a atual administração herdou. Exceto demagogias, não se faz 40 em 4, mas em menos de quatro anos, mesmo com a crise, muito foi feito no turismo de Cáceres, uma prova, o Centro de Convenções Maria Sophia da Silva Leite, amplo, arejado, salas administrativas, salão para eventos e espaço de artesanato no piso, etc. Agora, com a mato-grossense Tetê Bezerra no comando da EMBRATUR, acende-se uma luz no fim do túnel e oxalá, Cáceres possa explorar mais seu legado natural com apoio e subsídios dos governantes. Gestores que encaram o turismo como uma atividade de percepções e de ponta, que operam com seriedade no setor, a nossa hospitaleira cidade tem. O negócio agora é apostar em uma articulação de políticas públicas para investimentos e infra-estruturas no turismo. Estamos em ano eleitoral, não podemos estacionar, seguir avante deve ser a meta para que possamos futuramente fazer parte quiçá do 30º destino turístico brasileiro. A gente está aqui pra participar, colaborar, sugerir, enfim, ajudar a tocar o barco além do FIPe, ratifique-se, o nosso ícone, enquanto esperamos as águas rolar nas ondas do amor. ***___Rosane Michelis – Jornalista, bacharel em Geografia e Pós em Turismo.

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