Viajando por Páginas
Data:18/04/2018 - Hora:08h46
Nesta quarta feira, amiguinhos e amiguinhas, quem já foi professora, começa o bate papo assim, não é? Nem adianta me chamar de tia, porque sou já há alguns anos, e, de dois gatões e uma gatinha e de leitura infantil, a Tia aqui conhece muito bem, até mesmo pela feliz e proveitosa infância dos anos 80, quando a gente lia de didáticos a gibis e revistinhas.
Vestíamos roupas de todas as cores e misturávamos padrões com outros padrões, usávamos os cabelos volumosos para os lados, as mamães e titias, faziam permanente para ripar o cabelo para cima. Os mauricinhos, usavam gel no cabelo, que ficava todo pastoso. Peraí, a gente começou a falar de leitura e entrou em costumes de época, mas o preâmbulo tem justificativa, porque, hoje é o Dia Nacional do Livro Infantil, uma data que não foi escolhida ao acaso e sim, uma justa homenagem a Monteiro Lobato, escritor que, como poucos, dedicou-se à literatura infantil no Brasil. No primário, nossa turma se deliciava com as aventuras da boneca Emília, da Narizinho, do Visconde de Sabugosa, da Tia Nastácia, ah, a Dona Benta, o Pedrinho, o Saci, a Cuca, muitas atrações que ajudavam a descontrair das aulas de matemática. E quando terminamos o ginásio, hora de pensar no ensino médio, aqueles tempos, não existia Enem e nem mais nada, a curtição nos fins de tarde era trocar gibis, o da Bolota, que contava as aventuras de uma menina que estava sempre pensando em comer; da Brotoeja, que contava historinhas daquela menina que só usava vestidos com bolinhas pretas;... e quem, daquele tempo que não se lembra do Brucutu, herói das cavernas que até virou música do Roberto Carlos? Tinha também, os gibis do Mandrake criado por Lee Falk, que apesar de ser bem antigo, fazia a gente viajar pelas mágicas do ilusionista que estava sempre acompanhado de sua noiva Narda e do gigante africano Lothar. Na mesma época, o Riquinho, garoto mais rico do Mundo; a Luiza a boa bruxinha; a Vaca Voadora e o amigo Gasparzinho, o Fantasminha Camarada; a Revista Recreio, que tinha um brinde na capa. Isso sem falar, claro, nos gibis Disney, na Turma da Mônica e mais adolescente, a Revista Atrevida. Todo este babado pra registrar neste 18 de abril, o Dia Nacional do Livro Infantil, que foi instituído em 2002, ano em que foi criada a Lei 10.402/02, registrando a data de nascimento de Monteiro Lobato como o dia oficial da literatura infanto-juvenil. Lobato foi o precursor da leitura entre os baixinhos e mesmo com os esquemas virtuais da globalização, os tais download ou leitura on-line nos formatos PDF, ePub, Plain text, DAISY, ePub, MOBI e DjVu, a criançada não lê sequer um livro por ano, infelizmente. ***___Rosane Michelis – Jornalista, bacharel em Geografia e Pós em Turismo.
fonte: Rosane Michelis
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