Bendigo-te Pai!
Data:24/03/2018 - Hora:07h09
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O Evangelho de hoje apresenta-nos Jesus que reza. Do seu Coração brotam estas palavras: «Bendigo-te, Pai, Senhor do céu e da terra...» (Mt 11, 25). Em Jesus, a oração surgia espontaneamente, mas não era um opcional: Ele costumava retirar-se em lugares desertos para rezar (cf. Mc 1, 35); o diálogo com o Pai estava em primeiro lugar. E assim os discípulos descobriram com naturalidade como a oração era importante, até que certo dia lhe perguntaram: «Senhor, ensina-nos a rezar» (Lc 11, 1). Se quisermos imitar Jesus, iniciemos também nós por onde Ele começou, ou seja, pela oração. Podemos questionar-nos: nós, cristãos, oramos o suficiente? Muitas vezes, no momento de rezar, vêm à mente tantas desculpas, muitas coisas urgentes para fazer... Depois, por vezes, pomos de lado a oração porque estamos atarefados num ativismo que se torna inconcludente quando esquecemos «a melhor parte» (Lc 10, 42), quando esquecemos que sem Ele nada podemos fazer (cf. Jo 15, 5), e assim abandonamos a oração. Cinqüenta anos após a sua partida para o Céu, São Pio ajuda-nos porque, como herança, nos quis deixar a oração. Ele recomendava: «Orai muito, meus filhos, rezai sempre, sem nunca vos cansardes.»
No Evangelho, Jesus mostra-nos também como se reza. Antes de tudo, diz: «Bendigo-te, Pai»; não começa, dizendo: “Preciso disto e daquilo”, mas dizendo: «Bendigo-te». Não conhecemos o Pai sem nos abrirmos ao louvor, sem dedicar tempo unicamente a Ele, sem adorar. Como esquecemos a prece de adoração, a oração de louvor! Devemos retomá-la. Cada um pode interrogar-se: como adoro, quando adoro, quando louvo a Deus? Retomar a prece de adoração e de louvor. O segredo para entrar cada vez mais em comunhão com Ele é o contato pessoal, cara a cara, o estar em silêncio diante do Senhor. A oração pode nascer como pedido, até de intervenção imediata, mas amadurece no louvor e na adoração. Então, torna-se verdadeiramente pessoal, como para Jesus, que depois dialoga de modo livre com o Pai: «Sim, Pai, bendigo-te porque assim decidiste na tua benevolência» (Mt 11, 26). E então, no diálogo livre e confiante, a oração assume a vida inteira e leva-a diante de Deus.
E então questionemo-nos: as nossas preces parecem-se com as de Jesus, ou reduzem-se a esporádicas chamadas de emergência? “Preciso disto”, e então rezo imediatamente. E quando não tens necessidade, o que fazes? Ou então, interpretamo-las como calmantes para tomar em doses regulares, para ter um pouco de alívio do stress? Não, a oração é um gesto de amor, é estar com Deus e levar-lhe a vida do mundo: é uma indispensável obra de misericórdia espiritual. E se nós não confiarmos os irmãos, as situações ao Senhor, quem o fará? Quem intercederá, quem se preocupará em bater ao Coração de Deus para abrir a porta da misericórdia à humanidade necessitada? Foi por isto que padre Pio nos deixou os grupos de oração. Disse-lhes: «É a oração, esta força unida de todas as almas boas, que move o mundo, que renova as consciências, que cura os doentes, que santifica o trabalho, que eleva a assistência à saúde, que dá força moral, que dilata o sorriso e a bênção de Deus sobre todos as prostrações e debilidades». Conservemos estas palavras e voltemos a interrogar-nos: eu rezo? E quando rezo, sei louvar, sei adorar, sei levar a minha vida e a de todas as pessoas a Deus?
fonte: Radio Vaticano
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