Presos ordenam morte de agentes depois de motim em penitenciária
Data:22/03/2018 - Hora:09h07
Reprodução
O motim, que terminou na tarde de anteontem, com quatro feridos e um detento morto, na Penitenciária Central do Estado (PCE), causou alerta por parte dos agentes penitenciários, que foram ameaçados por líderes de facções, após o tumulto. Em áudios, que já circulam nas redes sociais, os presos utilizam palavras como "salve geral" e "passa nada", para ameaçar os servidores.
Os presos pedem que "os soldados das facção que estão em liberdade" ataquem agentes penitenciários, carros do Serviço de Operações Especiais e Grupo de Intervenção Rápida e "fuzilem" as viaturas do sistema penitenciário. O motivo seria a morte do preso Jesuíno Cândido da Cruz, o Junião, 27. O disparo, feito pelos agentes no momento da contenção, acertou a cabeça do detento, que morreu na enfermaria do presídio.
Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários, após uma varredura e retirada de celulares, carregadores e drogas do Raio 3, os presos se rebelaram e começaram a jogar água quente e pedaços de concreto nos agentes. Com isso, os servidores revidaram e atiraram, conseguindo assim fazer com que todos os presos para o interior das celas.
Após o tumulto, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa foi acionada e começou a investigar o fato, já que havia perfurações de tiros em freezers da unidade e um morto no confronto. Porém, a morte de Junião acabou exaltando os ânimos de líderes de facções criminosas e foi dado o "salve", que é uma espécie de ordem que parte do presídio para ser cumprida do lado de fora dos presídios. E o mais assustador é que a ordem é para matar agentes.
Antes dos áudios e do motim realizado na tarde de terça, uma carta foi escrita dentro da PCE e encaminhada à Comissão de Direitos Humanos da OAB-MT. Nela, os detentos pedem a retirada do atual diretor da Penitenciária Central, porque ele estaria "judiando" dos presos. "Faz ato de tortura", diz trecho da carta.
A Polícia Civil, por nota, informou que A DHPP esteve na unidade e constatou que houve motim e por isso foram usados meios de contenção. Foram realizadas perícias de danos (pois o raio 3 estava com sinais visiveis de destruição) e pericia de local de morte. O inquérito policial ja foi instaurado e tomadas todas as providências.
fonte: Assessoria com Redação
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