O Golpe dos 3 por Cento
Data:17/03/2018 - Hora:07h04
Reprodução Web
Pois bem, lá se vai indo março e as águas fechando o verão anunciando mais um longo e tenebroso outono na semana que vem, com o chororô de governadores que a coisa vai quebrar, que se não investir (no bolso) dos funcionários com mais 3% de previdência, o trem sai da linha, igual o VLT, que era para a Copa de 2014 e chegando outra copa, a coisa continua ruça em Cuiabrasa. Não é só pelaqui não, várias unidades da federação querem arrancar o couro do servidor que já paga 11% para ter uma previdência de terceira, em mais 3%, mesmo com a tal medida provisória temerosa na gaveta. Só pra ilustrar, ano passado, o governo mancomunado com os ditos representantes do povo, mas que representam seus interesses próprios e dúbios acenou com a medida provisória que elevava para 14% a alíquota previdenciária de servidores federais. E no embalo, os governadores com efeito cascata, iriam sangrar os barnabés no mesmo percentual, a disfarçada mão grande chamada de FEF, que sifu, e não deu água. Mas, se a coisa pegasse ia para a privada, lesando também o Seu Zé e a Dona Maria em mais 3% e os patrões em 6%, passando de 22% para 28%. Tudo em nome do erário, de salvar o déficit da previdência, com as ameaças de que se não fizesse tal sacrifício, os aposentados e pensionistas ficariam no mato sem cachorro. O que o governo e a mídia lacaia não divulgam é que não existe déficit da previdência social e a CPI instalada no congresso provou, comprovou e mostrou em números, constatando que nos últimos 15 anos, o superávit da Previdência chegou a R$ 821 bilhões Se atualizado pela taxa Selic, R$ 2 trilhões. O que existe e também a mídia capacha omite é que entre os principais devedores da Previdência, estão empresas como a JBS, com um passivo de aproximadamente R$ 2,1 bilhões, seguida de perto pela Associação Educacional Luterana do Brasil (R$ 1,8 bilhão), Marfrig Globoal Foods (R$ 1,1 bilhão), Caixa Econômica Federal (R$ 1,2 bilhão), Banco do Brasil (R$ 1,1 bilhão), entre outros. Destes, o governo não cobra, ao passo que aos sacrificados funcionários federais, estaduais e municipais, os governantes querem o couro e o sangue, para saciar o saco sem fundo de seus gastos perdulários. Como a maldita deforma da previdência não colou, faltaram votos, veio a intervenção no Rio, disfarce de perdedor, mas não se iludam, o golpe persiste e a reforma dissimulada de reajuste de 11 para 14% nos salários via previdência, continua em punga, daí, ficar sempre alerta. Além de imoral, tal medida é recessiva, reduz o poder de compra do trabalhador, já imolado em quase 40% de impostos, sufoca o mercado de trabalho com mais 6% aos empregadores e com isso, gera mais desempregos num universo de mais de 13 milhões de gente sem carteira assinada. Trocando em miúdos, quebra a estrutura social do país! E a gente conclui que, nesta bagunça de poder excessivo, os políticos estão se lixando se o país vai pro brejo, desde que lhes sobrem milhões sangrados ao povo. É, amigos, andar com um pé atrás nunca é demais, quando se caminha por meandros de um país fragilizado de direitos sociais, com cidadania fragmentada. Fiquem de olho em quem apóia os fundos dos sacos sem fundo do governo e dê o troco neles nas próximas eleições, lá está a nossa intervenção, Bom Dia!
fonte: Da Redação
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