Ministro do STF pede julgamento de ação que pode dar fim ao Gaeco
Data:16/03/2018 - Hora:08h44
Rogério Florentino
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes pediu, no último dia 23, que o plenário retome o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) movida pelo Partido Social Liberal (PSL). Ela poderá dar fim ao Grupo de Atuação em Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Mato Grosso.
A Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) foi proposta pelo Partido Social Liberal (PSL), que questiona o artigo 3º da lei, que prevê que o coordenador do Gaeco é um representante do Ministério Público nomeado pelo procurador-geral de Justiça, e o 6º que o grupo tem seu orçamento vinculado à proposta orçamentária do Ministério Público.
A ação questiona ainda dispositivos da Lei Complementar 27/1993 (Lei Orgânica do Ministério Público do Mato Grosso). Segundo o PSL, a lei que institui o Gaeco seria inconstitucional por estabelecer um poder hierárquico do Ministério Público sobre as Polícias Civil e Militar, algo não previsto na Carta Magna quando fala das atribuições dos promotores de Justiça.
O partido protesta também sobre a possibilidade do Gaeco instaurar procedimentos administrativos de investigação e o inquérito policial. O PSL aponta que não cabe a representantes do Ministério Público realizar diretamente diligências investigatórias ou instaurar e presidir procedimentos administrativos criminais - essas seriam atribuições policiais, entre outros argumentos.
Caso a ação, presente na pauta da terça-feira seja julgada, será discutido se os atos normativos impugnados usurpam competência privativa do Poder Executivo; se estabelecem subordinação hierárquica entre servidores da polícia civil ou militar e membros do Ministério Público e se é constitucional a atuação investigatória de membros do Ministério Público.
fonte: O.D com Redação
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