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A Salvadora Tapagem
Data:22/02/2018 - Hora:07h47

A Guerra do Paraguai foi um acontecimento marcante na vida do império brasileiro, não só pela surpresa inicial que causou aos seus dirigentes como pela sua intensidade, duração e pela comoção geral, provocando indignação em setores da elite imperial e medo nos extratos mais pobres da população. Na elite imperial a Guerra do Paraguai significou uma suposta traição por parte de uma nação bárbara, dirigida por um caudilho, um “ditador”, Francisco Solano Lopes, que teria atacado covardemente uma nação que representava a civilização na América. Neste momento não nos fixaremos no debate geral sobre a guerra e sim sobre um ponto específico dela. Vamos discutir e procurar interpretar aqui um acontecimento que é motivo de controvérsia e de diferentes interpretações no campo historiográfico, mas que, também, ganhou uma interpretação no campo religioso em Mato Grosso. O acontecimento a ser destacado foi a decisão tomada pelo Paraguai de não atacar a região norte da província de Mato Grosso, poupando com isso Cuiabá, capital da província, Vila Maria (atual Cáceres, então em franco desenvolvimento econômico) e demais núcleos urbanos da região. A questão que colocamos em debate é: por que os paraguaios decidiram não atacar e tomar essas cidades, se apoderando do conjunto da província de Mato Grosso, se retendo no rio Paraguai até a foz do rio. A província de Mato Grosso foi invadida por tropas paraguaias em dezembro de 1864 em três frentes. A primeira frente, seguiu pelo rio Paraguai e atacou o forte Coimbra em 27 de dezembro. Em desvantagem numérica, com pouca munição e demais recursos, os 150 soldados brasileiros que defendiam aquele forte resistiram pouco mais de 48 horas e o abandonaram durante a noite, seguindo rio Paraguai acima em direção a Corumbá. O ataque dos paraguaios a Corumbá não encontrou maiores resistências por parte dos soldados brasileiros, que se retiraram da cidade antes da chegada dos invasores, levando consigo parte da sua população civil, transportados em diferentes tipos de barcos. O coronel Antonio Aníbal da Motta, um dos comandantes militares que estavam em Corumbá quando do ataque paraguaio àquela vila, ficou temeroso de que a ação dos paraguaios tivesse seqüência, com a invasão de Vila Maria, onde residia a sua família. Junto com o coronel Aníbal da Motta também estavam outros doze militares, todos com famílias também residindo em Vila Maria, perfazendo um total de treze militares. Diz a tradição oral que os treze militares liderados pelo coronel Aníbal da Motta, detentores de fé inabalável e colocados diante dessa ameaça, pediram a Santo Antonio que impedisse a invasão de Vila Maria pelos paraguaios e protegesse as suas famílias. Apelando para o seu santo protetor, prometeram que, caso os paraguaios não invadissem Vila Maria seriam eternamente gratos. A tradição oral diz também que os treze militares liderados pelo coronel Aníbal da Motta foram atendidos por Santo Antonio e os paraguaios não conseguiram tomar Vila Maria. Os paraguaios bem que teriam tentado atacar a cidade, mas foram impedidos por uma grande e fechada “tapagem”, formação de aguapés que se estendeu ao longo do leito do rio Paraguai, na região da lagoa Gayva, que teria bloqueado a passagem das embarcações paraguaias. Essa “tapagem” teria sido formada pela aglomeração de camalotes de aguapés que rodaram pelo rio Paraguai abaixo e se juntaram nesse ponto do rio, formando uma barreira natural. Dessa forma, a mão divina e protetora de Santo Antonio, atendendo à fé dos treze militares liderados pelo coronel Aníbal da Motta, levou à formação dessa “tapagem” no rio Paraguai e impediu que Vila Maria caísse em mãos paraguaias. ***___Domingos Savio da Cunha Garcia. 




fonte: Domingos Savio da Cunha Garcia.



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