A Missa é Oração
Data:03/02/2018 - Hora:08h57
Divulgação
“A fé é uma grande companheira de vida: faz sentir a presença de um Pai que nunca deixa suas criaturas sozinhas”. Mensagem do Papa antes da audiência geral da semana na Praça de São Pedro. Audiência em que continuou a catequese sobre a Santa Missa. Para facilitar a compreensão, Francisco iniciou dizendo que “a Missa é uma oração, aliás, a oração por excelência, a mais alta, a mais sublime e, ao mesmo tempo, a mais “concreta”. Com efeito, é o encontro de amor com Deus mediante a sua Palavra e o Corpo e Sangue de Jesus. É um encontro com o Senhor”.
Mas o que é exatamente uma oração? – perguntou o Papa que logo respondeu: “é antes de mais diálogo, relação pessoal com Deus. E o homem foi criado como um ser em relação pessoal com Deus que encontra a sua plena realização só no encontro com o seu Criador. O caminho da vida é em direção ao encontro definitivo com o Senhor”. E todos, como recorda o Livro do Gênesis, fomos criados para entrar numa relação perfeita de amor para podermos encontrar a plenitude do nosso ser. Para isso, é necessário que vivamos em comunhão com o nosso Criador e com as pessoas que nos circundam. E, é na Eucaristia, na Missa, que isso se realiza.
O diálogo tem, todavia momentos de silêncio, disse Francisco, fazendo notar que às vezes vamos mais cedo à Missa e dedicamos esse tempo à conversa com outras pessoas, quando na realidade deveria ser um momento de preparação para o diálogo com Jesus. “O silêncio é muito importante! Recordai-vos aquilo que disse a semana passada: não vamos a um espetáculo, vamos ao encontro com o Senhor e o silêncio nos prepara e nos acompanha. Permanecer em silêncio com Jesus”.
Outro requisito para a oração prosseguiu o Papa, é saber dizer “Pai”. Tal como Jesus ensinou aos discípulos, devemos aprender a dizer “Pai”, isto é a pôr-se na presença do Pai com confiança filial. E dizer “Pai ensina-me a rezar”. Isto requer humildade, reconhecer-se como filhos, confiar em Deus, fazer-se pequenos como as crianças. A primeira atitude é, portanto, confiança e confidencia, tal como as crianças com os pais. É “saber que Deus se recorda de ti, cuida de ti, de ti, de mim, de todos”.
Outro aspecto essencial para a oração é, tal como as crianças, “deixar-se surpreender”. A oração não é falar com Deus à maneira dos papagaios. É confiar e abrir o coração para se deixar maravilhar, surpreender por Deus que é sempre encontro vivo, não um encontro de museu. É um encontro vivo e vamos à Missa, não a um Museu. “Vamos ao encontro vivo com o Senhor”. Francisco citou depois Nicodemos para falar do desejo de renascer, a alegria de recomeçar, que existe em cada um de nós. Mas como fazê-lo perante as tantas tragédias do mundo. Esta é a pergunta fundamental da nossa fé, frisou o Papa que perguntou insistentemente aos presentes se sentem o desejo de renascer sempre para encontro o Senhor. É que perante as numerosas atividades e projetos podemos não ter tempo e perder facilmente de vista para aquilo que é fundamental: “a nossa vida do coração, a nossa vida espiritual, a nossa vida que é encontro com o Senhor na oração.”
fonte: Radio Vaticano
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