Quando se fala em sabedoria logo associam o vocábulo à inteligência e esperteza, fulano é esperto, porque tem inteligência para aplicar a sua sabedoria, dizem alguns, ledo engano, apesar dos termos enganarem os mais leigos ou voluntariamente, espertos. Eis ai, a esperteza, a irmã pródiga das duas palavras inicialmente propostas. A gente vai tentar explicar o triangulo explicito desta sopa de letrinhas que encabula quando associados sem sua real função na vida social e claro, anti-social, dependendo da ação e adoção. Veja bem, enquanto a sabedoria, do latim sapere é a condição de quem tem conhecimento, erudição, a inteligência, do latim intelligentia, nasce do verbo intelligere, formado por inter = tra e legere = ler, captar, sacar e também ligar. Assim, inteligência é a capacidade de ler por entre as linhas e de interligar idéias não explicitamente relacionadas. Já a esperteza, do Latim expertus, acordado, atento, esperto, traduz adjetivo do indivíduo que se encontra sempre atento para aproveitar oportunidades de lucrar à custa de outrem. Das três, entendemos a principal no caráter humano, é a sabedoria, pois ela nos permite ser inteligente e afastar as tentações cotidianas da terceira, a esperteza, característica nociva, mãe de todas as mazelas causadas às suas vitimas e mentores, contaminados pelas conseqüências de seus atos. Rapidamente, vamos tentar dissertar resumidamente, Sabedoria e Inteligência: Sabedoria é a aptidão para saber aplicar os conhecimentos já adquiridos. Uma pessoa sábia usa aquilo que sabe no momento certo, enxerga sempre o que deve fazer em diversas situações. A inteligência pode ser exercitada, pois pode ser adquirida através de estudo. Quando estudamos conseguimos conhecimento e, através dele, uma maestria maior na resolução de problemas. É exatamente a inteligência que obtemos quando vamos a faculdade, por exemplo. Ela é, portanto, a propensão de absorver conhecimento, ou seja, é a capacidade de aprender. Uma pessoa inteligente sabe raciocinar ao resolver problemas e, com isso, consegue se livrar de muitos aborrecimentos, pois consegue passar a prevenir-se de situações que possam lhe trazer futuros inconvenientes. Um exemplo claro do mencionado, a gente encontra na Bíblia, quando Salomão pediu a Deus que lhe desse sabedoria para julgar e conduzir o teu povo. A resposta, mesmo quem não é religioso sabe bem, quando Deus lhe disse: “Já que você me pediu sabedoria e não riquezas e vida longa, eu te darei sabedoria e inteligência como ninguém jamais teve”. E assim, o Rei Salomão ficou conhecido entre todos os povos por sua sabedoria e inteligência. Salomão não escolheu pensando nele mesmo, em ser mais rico e poderoso, pelo contrário, ele pensou em seu povo, em como governá-lo bem, com justiça, e por isso recebeu muito mais do que pediu. Exemplo amplamente opoto, com a situação atual deste mundo podre, onde os governantes usam da inteligência, jamais de sabedoria, para através da esperteza, enganar os povos, dilapidar o erário público, se empestando-se em corrupção, e muitos deles, pecando por usar o nome de Deus em seus atos nefastos. Concluindo, melhor ter sabedoria para saber usar nossa inteligência e com ambas, afastar as tentações da esperteza e fugir dos que a usam. “Não desampares a sabedoria, e ela te guardará; ama-a, e ela te protegerá.” (Provérbios 4:6) ***___Rosane Michelis – Jornalista (colunista) Bacharelado em Geografia, pós-graduada em turismo)

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