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Quarta-feira, 24 de Abril de 2024 |
Desenvolvimento ao todo
Data:08/12/2017 - Hora:08h41
Como demonstra meu itinerário, morei em cidades que apresentam, relativamente, o mesmo tamanho, entre 90 e 100 mil habitantes, tal como Cáceres (cidade que freqüento periodicamente desde o início de 2017). A diferença é que, no presente momento, Jataí-GO e Vilhena-RO apresentam índices de crescimento mais elevados e imediatos do que Cáceres. Esse crescimento se deve, em grande parte, por ambas serem típicas “cidades do agronegócio”. Ou seja, atraem, por motivos ambientais e políticos, muitos investimentos exógenos. Uma pergunta pertinente a ser feita é: seriam Jataí e Vilhena cidades melhores do que Cáceres por receberem mais investimentos? Creio sinceramente que não. E é por isso que exponho aqui minha opinião. Bom lembrar que não se trata de uma abordagem científica, mas apenas expresso minha opinião como alguém que estuda o tema, e que viveu nesse entremeio de contextos diferentes, com discursos políticos progressistas parecidos. O que posso afirmar é que as cidades de Jataí e Vilhena apresentam melhor organização, infraestrutura de vias, maiores variedades de serviços e produtos, se comparado a Cáceres. Entretanto, e o que considero mais importante, é que como contradição da injeção de investimentos, o acesso e a qualidade de vida ficam muito mais custosos e com referências históricas propositalmente diluídas durante o processo de crescimento, construídos à base de um ritmo de vida acelerado e alienado. E o que dá vitalidade a minha reflexão direcionada a Cáceres, é que no discurso oficial alguns enunciados deixam evidente a lateralidade do desenvolvimento proposto. Um exemplo importante que deixo no ar para o leito: a Zona de Processamento e Exportação (ZPE) de Cáceres. O objetivo ao escrever minha opinião, é explicitar que não se deve abraçar determinados discursos com base em índices. Portanto, quando for inevitável determinadas inclusões progressistas feitas pela macropolítica, o que sugiro é que fiquem atentos aos efeitos colaterais não inclusos nos discursos. Cobrem transparência, políticas sociais, igualdade de políticas tributarias, respeito a história e arquitetura urbana e, principalmente, pesem na balança os prós e contras que afetarão a escala LOCAL. ***___Natan G. Nunes (natangnunes@yahoo.com.br) Sobre o autor: Paulistano radicado em Vilhena, estado de Rondônia, formado pela UFG na cidade de Jataí-GO, atualmente morando de maneira parcial em Cáceres, sou mestrando em Geografia. Entre meus assuntos de interesse estão discussões acadêmicas sobre desenvolvimento desigual, regional e local. fonte: Natan G. Nunes » COMENTÁRIOS
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