Sai de Banda que a Fila Anda
Data:07/12/2017 - Hora:08h26
Reprodução Web
Chegando final de ano, muita gente se preparando para viajar, afivelando as malas e de olho no bolso, afinal, apesar da falaciosa inflação de 2,7% vertida pelo governo, o bereré anda curto pacas e quem não é político com mandato que viaja bancado pelo povo, precisa enfiar a mão no buraco do pano, no banco auxiliar e morrer no preço da passagem. Pra quem não sabe, banco auxiliar é aquela economia escondida na gaveta pra molecada não gastar em Lan-House ou a patroa jogar no bingo, que o compadre se socorre numa hora destas. Exceções a parte, os entas, aqueles com mais de 60 anos, com renda individual igual ou menor que dois salários mínimos, que é a grande maioria, têm direito de viajar de graça. Mas atenção Seu João, embora parte integrante do Estatuto do Idoso, de estar regulamentada desde 2006, as passagens gratuitas tem algumas restrições: luxo de pobre em busão de graça, (que a gente pagou em impostos durante o ano) só em lata velha, aqueles fedorentos convencionais, muitos sem ar condicionado, poltronas rasga roupa, linha única semanal, água Santa Pia e dois assentos por viagem. Ah, e quem ganhar mais de dois míseros salários mínimos/mês, tá fora da esmola que os políticos deixaram pro povão. E atenção: fica de orelha em pé queném coelho da páscoa, que é mais fácil fazer a quina na megasena do que conseguir uma vaga no busão dos excluídos e aí, não adianta lesco-lesco, paga 50% do valor da passagem, só duas vagas também. Aqui em Mato Grosso, dizem, a lei n. 10.526/2017 retirou o dispositivo § 2º do art. 3º da lei nº 8.823, que exigia a antecedência mínima de três horas em relação ao horário da partida, o que impedia os idosos de obter passagens em diversas circunstâncias. Mas tente argumentar que é seu direito a qualquer momento anterior ao horário do busão, solicitar a gratuidade, que os pau mandados do figurão da empresa, tem decorado na ponta da língua, que não há mais vagas. E procurar a ANTT prá exigir explicações é outra via sacra, comprovando que pobre e velho neste país só serve mesmo pra pagar impostos, os bilhões anuais que bancam nossos empregados, os deputados e senadores lá em Brasília, senão vejamos: Em Mato Grosso, só pra exemplificar, os senadores e deputados federais gastaram R$ 618,7 mil da cota parlamentar somente com passagens aéreas entre os meses de janeiro e agosto de 2017. O campeão geral de gastos com viagens foi o deputado Nilson Leitão, com um total de R$ 115,3 mil. Entre os senadores o campeão em passagens foi José Medeiros, com gastos na ordem de R$ 58,5 mil. Ainda entre os senadores Wellington Fagundes gastou R$52,6 mil e Cidinho Santos, com R$ 26,7 mil; Fábio Garcia R$ 76,6 mil e Victório Galli, R$ 53,3 mil., Carlos Bezerra, gastou R$ 51,1 mil, Ságuas Moraes, R$ 48,2 mil, Ezequiel Fonseca gastou R$ 46 mil e Valtenir Pereira, R$ 44,4 mil. O suplente do deputado, Rogério Silva, gastou R$ 8,6 mil e Adilton Sachetti gastou R$ 37 mil. Tudo grana do povo, nossa, da dona de casa, do aposentado, já que a gente paga 35% de impostos sobre tudo e tem o mínimo de retorno dos perdulários políticos. E toca a fila, que lá em cima tem gente de avião, gastando nossa grana, mas 2018 tá apitando na curva e vai ter eleição e o Congresso Nacional só tem 5% se aprovação conforme pesquisa Data-Folha divulgada ontem.
fonte: Da Redação
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