Designer reconstrói crânio de índio que viveu no século XI em Cáceres
Data:01/12/2017 - Hora:08h48
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O crânio de um índio da etnia Xarayes, que teria vivido na região da Fazenda Descalvados, em Cáceres, há mil anos, durante o século 10, foi reconstruído digitalmente pelo designer Cícero Moraes, em parceria com pesquisadores da Unemat. Cícero demorou cerca de duas semanas para concluir o trabalho, que foi mostrado durante o evento “Escola Regional de Informática Mato Grosso anteontem, 29.
Uma versão do rosto será impressa em 3D, pintada pela artista plástica Mari Bueno e exposta ao público a partir do ano que vem. Através da computação gráfica e cálculos precisos, Cícero consegue descobrir, por exemplo, a distância entre o nariz e a boca. Ele comparou o trabalho dele ao de um pedreiro que precisa preparar o solo e calcular quantos pisos serão necessários para cobrir uma área determinada.
Como o crânio foi encontrado sem a parte da mandíbula do índio, Cícero precisou reconstruí-la digitalmente, a partir de proporções e cálculos, explicando que durante uma reconstrução forense de crime, a face é feita apenas na cor cinza, porque é preciso ter acesso ao DNA da pessoa para determinar detalhes como cor da pele e cabelo.
Ele estuda a técnica de reconstrução forense desde 2011 e já participou de projetos em países, como México, Peru e França. “Reconstruí o rosto de São Valentin, em junho, de uma líder da elite peruana e uma vítima do vulcão Vesúvio. No Brasil, reconstruí o rosto de um indígena de dois mil anos e de dois homens de Lagoa Santa, em Minas Gerais”, contou.
O crânio original ficará guardado em um ambiente onde não será afetado por mudanças climáticas e a réplica feita por Cícero será exposta. O arqueólogo Luciano Pereira, explicou que o local onde o crânio foi encontrado era um cemitério indígena. O objeto foi encontrado junto a peças de cerâmica, em novembro de 2011, no Sítio Arqueológico Índio Grande, a 150 km de Cáceres.
fonte: Assessoria
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