Geo-política da Fome
Data:23/11/2017 - Hora:09h45
Reprodução Web
Entre os almoços, jantares, coquetéis, café de manhã e os etcéteras, à custa do nosso suado bolso, os políticos nadam de braçadas, tirando sarro na nossa cara, debochando do eleitor besta que ainda vota neles; e a gente selecionou um dos rega-bofes da corte palaciana de Brasília, no dia 9 de outubro do ano passado, um jantar, oferecido pelo presidente sem votos a deputados para pedir apoio à Proposta de Emenda à Constituição de limitação aos gastos federais nos próximos 20 anos. Contraditório, o tal jantar custou R$ 35,4 mil aos cofres públicos, traduzindo, ao suor de trabalhadores sérios, sangrados diariamente entre 30 e 40% de tudo que ganha e gasta via malditos impostos. Para quem acha que estamos exagerando, o valor do tal jantar-banquete consta de informação da própria Presidência da República por meio da Lei de Acesso à Informação. Pois bem, no jantar que reuniu cerca de 300 convidados, entre deputados da base aliada, ministros e economistas, o cardápio tinha filé mignon, camarões, arroz, legumes e salada. Tudo isso, regado a um vinho tinto produzido no Rio Grande do Sul que custa, em média, R$ 100,00 a garrafa, além de uma mesa à disposição dos convidados com café e licores. Entre discursos, selfies de puxa-sacos com o tal presidente pra ilustrar santinhos em 2018, um orador especial no bota-fora, o então ainda ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, o homem dos R$ 51 milhões em malas no apê, vertendo a infâmia, que o Judiciário brasileiro tinha absoluta noção da responsabilidade histórica daquele momento vivido! Minha gente, é cara de pau extrema, chamar a gente de idiota, rir na nossa simplicidade humilde, só no Brasil um país a deriva da seriedade pra fatos como estes ainda acontecer na maior impunidade. E vocês, pensaram que tinha acabado o espetáculo do Circo Brasil? Ledo engano, após a palhaçada, o teatro da vida mostra cenas reais da semana passada, em que um aluno de escola pública, com apenas 8 anos, morador no Paranoá Parque, Distrito Federal, desmaiou de fome, enquanto assistia à aula em uma escola do Cruzeiro, nem tão longe assim do Palácio dos banquetes com dinheiro do povo. A professora Ana Carolina Costa, chamou o SAMU, que fez o atendimento, e viu que era realmente fome; Pois bem, após recobrar os sentidos, a criança contou aos médicos do SAMU, que a sua a última refeição dele, tinha sido um prato de mingau de fubá, comido no dia anterior. Trocando em miúdos, o quilo de fubá custando em media de R$ 2,50, com 25% de impostos, matematicamente, os pais do menino faminto pagaram R$ 0,62 em tributos ao governo; chocante, pagar pra passar fome enquanto os donos do poder se refestelam no luxo bancado pelo povo. Só mesmo num país, onde a secretaria de educação do estado diz que a merenda escolar onera o Estado em R$ 0,45 por aluno/dia; onde, gastam-se milhões em farras palacianas; aumentam os combustíveis semanalmente, (a fonte dos transportes com efeito cascata no custo de vida) e se camufla- a inflação para justificar um salário mínimiserável, humilhante, onde, o inferno é o limite. Diante de fatos tão nefastos, claro que a gente jamais poderia sentir nojo de ser brasileiro, mas, vergonha, isto sim, é indiscutível, pelo menos pra quem tem brio na cara, Bom Dia!
fonte: Da Redação
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