Analfabetos Genéricos
Data:14/11/2017 - Hora:09h22
Hoje pegando carona em duas amigas, uma, a Luana Castro, do Brasil Escola da UOL, graduada em Letras e outra, a não menos graduada jornalista e colunista aqui do Correio, Rosane Michelis, vamos navegar pelo calendário das datas comemorativas, assim como fizemos no final de semana na maquina do tempo, voltando a raiz dos supermercados, mas agora, o papo é alfabetização. O fantasma dos tais Enem, (Enem estuda, Enem trabalha, égua que neste vai e vem dos E nem, quem gosta mesmo são os políticos que alugam, usam e abusam de cabeças vazias. Amigos, sem livros, leituras, reflexão, análises de texto, não se vai a lugar algum, exceto as necroses neuronais e já dizia o papa da internet Bill Gates, fundador da maior e mais conhecida empresa de software do mundo, a Microsoft: “Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever, inclusive a sua própria história.” A frase pode até ser meio dura, mas é a pura verdade, nestes tempos de grandes avanços tecnológicos, infelizmente o prazer de reservar alguns minutos para a leitura de um livro, seja ele físico ou virtual, tem sido cada vez mais raro entre leitores de várias faixas etárias, desvirtuando a formação intelectual e moral do indivíduo. O adendo introito pode ter sido meio longo pelo espaço exíguo do nosso papo diário, mas necessário por dois motivos, primeiro, porque em 1966, o dia 14 de novembro foi escolhido pelo Governo Federal como o Dia Nacional da Alfabetização. Pelo ano da escolha, não poderia mesmo dar certo, já que em 1966, estávamos na ditadura militar, significando alfabetização Usaid, made in american, cujo legado ainda se pode notar nos empoderados dos últimos anos. O falido Mobral, os milhões jogados no ralo da corrupção dos anos de chumbo, do exílio de Darci Ribeiro e Paulo Freire, o Papa da Educação e da massificação democretina de falso patriotismo, ostracismo da nossa literatura, quase nada a se comemorar hoje portanto. Só pra não perder o pique, Dia Nacional da Alfabetização, lembremos do Analfabetismo Funcional, (indivíduos que, embora saibam reconhecer letras e números, são incapazes de compreender textos simples, realizar operações matemáticas mais elaboradas) que atualmente no Brasil é de 27% de sua população entre 15 e 64 anos. E pra finalizar, temos o Analfabeto Político, aquele que se ufana em dizer que odeio política, política não se discute, desliga a TV nos noticiários, recusa-se a ouvir o horário da propaganda eleitoral, critica mas não faz nada para mudar sua própria postura de vender o voto. Este analfabeto não deve se orgulhar e estufar o peito dizendo que odeia a política, e sim sentir vergonha da sua ignorância política, ignorância na qual nasce a prostituta, o menor abandonado, a violência banalizada e o pior de todos os bandidos: o político vigarista, o pilantra, o corrupto, e lacaio dos exploradores do povo. Como diz minha amiga Rosane no artigo desta página hoje, os tempos mudaram e concluímos sem receio de erro, mudaram pra pior, nada a comemorar, portanto, o Dia Nacional da Alfabetização, né mesmo professora? E...Ném Tamos aí, fechou, mano?
fonte: Da Redação
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