Mas Bah, Ôigale Tchê!
Data:22/09/2017 - Hora:08h32
Reprodução Web
Hoje a gauchada, gaudérios abagualados e prendas campantes e pilchadas, mesmo a piazada, se abancam na estância, saudades da querência amada que deixou nos pampas, curte a sua data, 20 de setembro, o Dia da Revolução Farroupilha e conseqüentemente, o Dia do Gaúcho. Paulista de Álvares Machado, ultimamente paulistaneiro pela adoção de Cáceres, a princesa do Pantanal, quando aportamos Mato Grosso na década passada, convivemos com gaúchos em Sinop e Lucas do Rio Verde e aprendemos a admirar e respeitar os guapos viventes que primam salvo raras exceções, pela seriedade de vida, cultivando amizades leais e peleando em defesa da verdade. Daí, que desde piazitos aprendem que para ter a honra de ser chamado Gaúcho com o mérito e o respeito que a palavra impõe, não basta ter nascido filho do Rio Grande do Sul. Nas letras de Nilo Bairros De Brum, nascido em Rosário do Sul, criado em Uruguaiana, conhecedor da historia do chão sulista, se descreve com maestria sem igual a real essência do que é ser gaúcho. É preciso ter orgulho de quem se é e de onde se nasceu, conhecer suas raízes, suas origens, abraçar a cultura e viver de acordo com os valores da tradição gauchesca. Serrano ou missioneiro, tradicionalista ou nativista, nascido filho do pago ou gaúcho de coração, são todos irmãos gaudérios que tem em comum o amor e o respeito por este Rio Grande forjado por lutas épicas travadas por um povo de alma guerreira, trabalhadores aguerridos que não se deixam vencer e que não deixam de lutar mesmo se a peleia é grande. E assevera De Brum que, ao invés de sair dizendo que o gaúcho é isto ou o gaúcho é aquilo, necessário se faz, esclarecer algumas circunstâncias históricas, geográficas e culturais em que a palavra é aplicada. A História do cone sul ensina que o primeiro grupo de pessoas a que foi aplicado esse termo era composto de mestiços descendentes de europeus, náufragos, degredados, desertores, e de índias das nações Minuano e Charrua. Esses mestiços livres no mais amplo sentido que se possa imaginar, eram nômades que percorriam terras que hoje pertencem ao Uruguai, à Argentina e ao Rio grande do Sul. Não eram súditos de Portugal nem da Espanha; Viviam do abate do gado selvagem, tão livre quanto eles, mas eram tidos como ladrões, pois tanto os portugueses quanto os espanhóis consideravam-se donos das terras e dos gados que nelas viviam. Esses homens foram os primeiros gaúchos. Sem muitas histórias que o espaço é curto, concluímos com a saideira de Brum: Ser gaúcho é uma questão de identidade, mas não basta apenas sentir-se gaúcho; ser gaúcho não é apenas um estado de espírito, é preciso agir como gaúcho em todas as situações. Para isto, é necessário estudar a história dos povos do Sul e enfronhar-se na cultura gaúcha, assumindo e vivendo os valores gaúchos. Aos co-irmãos tupiniquins gaúchos de Cáceres e região, depois desta charla, e de uma mateada ouvindo aquela marca do gaitero, registramos em chasque, nosso abraço pelo Dia Trilegal e festa que o dia de vocês, bombachados ou de fatiota.
fonte: Da Redação
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