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Período coincide com as chuvas, quando os peixes migratórios se deslocam em busca de alimentos e condições adequadas ao desenvolvimento de larvas e dos ovos.

 A piracema em Mato Grosso está confirmada para começar no dia 1º de outubro de 2017 e terminar no dia 31 de janeiro de 2018 e a proibição da pesca neste período, empregada pela segunda vez consecutiva, será válido nas bacias dos rios Paraguai, Amazonas e Araguaia-Tocantins. Foi o que decidiu o Conselho Estadual de Pesca (Cepesca).

Em março, o Ministério da Agricultura já havia autorizado a proibição da pesca em Mato Grosso em um período diferente do calendário nacional por meio de uma Instrução Normativa, mas, agora, depois de novas discussões, o próprio Estado acabou referendando a proposta por mais um ano.

A secretária executiva do Cepesca, Gabriela Priante, explica que a proibição se deu por meio de muitos estudos. O objetivo é manter a proibição com ênfase na fase de maior intensidade reprodutiva dos peixes, principalmente dos migradores, que representam a maioria das capturas tanto pela pesca comercial, quanto a da pesca amadora nos rios que banham o Estado.

“Esse momento coincide com a estação das chuvas, quando os peixes migratórios se deslocam rumo à cabeceira dos rios, em busca de alimentos e condições adequadas para o desenvolvimento das larvas e dos ovos. A desova também pode ocorrer após grandes chuvas, com o aumento do nível da água nos rios, que ficam oxigenadas e turvas”, salienta Gabriela.

O monitoramento apontou que cerca de 80% dos peixes dos rios do Estado iniciam sua fase de ovulação em outubro; e em média 20% terminam esse período em janeiro, com probabilidade ainda mais baixas entre março e agosto. Foram incluídas na análise mais de 8 mil indivíduos de diferentes espécies das três bacias hidrográficas de Mato Grosso.

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