Saúde na UTI
Data:05/08/2017 - Hora:08h00
Reprodução Web
Sábado de sol, cerveja pra quem gosta e pode beber e folga pra muitos que se ralaram durante a semana, pagando 30% do ganho em impostos ao perdulário governo, cujo saco sem fundos, sofre de gula do suor do povo. Sabadão dedicado ao Dia Nacional da Saúde, que deveria ser comemorado neste 5 de agosto, houvessem motivos para tanto. Infelizmente, só temos a lamentar hoje e quiçá por muito tempo, diante do descaso de nossos governantes com este setor essencial à comunidade, sobretudo, a carente, que não tem atendimento especial e gratuito como os políticos safados, em clinicas sofisticadas, e bancadas pelo nosso suor. Quando a gente lembra que nas primeiras décadas do século XX, o sanitarista Oswaldo Cruz, com mínimas condições, mudou os cursos da saúde pública no nosso país, erradicando mazelas no Brasil, entre elas a peste, a febre amarela e a varíola, enoja-nos a política atual de saúde pública. No século XXI com orçamentos milionários, máximas condições cientificas de pesquisas e super estruturas, sentimos revolta com a falência múltipla dos órgãos governamentais, especificamente, a saúde, que, alvo dos descasos, ilustra o atro quadro de pacientes em corredores, agonizantes em macas e mortos por falta de atendimento específico. Casos mais recentes, a omissão dos governantes no repasse de recursos aos hospitais do interior de Mato Grosso, exemplos claro, o São Luiz e o Regional de Cáceres, abarrotados de doentes, assim, como a Santa Casa de Pontes e Lacerda, não fechada, graças a atuação do MPE. Foi preciso a coisa chegar ao extremo, para o representante do parquet, editar o ultimato cujo prazo, vence hoje, exigindo o repasse, para as urgências da casa de saúde. Amigo, a omissão de nossos governantes é digna de repúdio, somos sim, refém de um Brasil doente pela insensibilidade, pela corrupção epidêmica, pela necessidade neurótica de líderes de se perpetuar no poder. Somos um Brasil doente pelo imediatismo, pela falta de projetos sustentáveis, incapaz de preparar coletivamente seus atores para entender que só é digno do poder quem se curva diante da sociedade para servi-la e não quem usa a sociedade para ser servido. Voltando ao caso de Pontes e Lacerda, o pico do desespero chegou quando o valor do repasse estabelecido no início de 2016 teve redução de 60% no mês de junho de 2017 e no interregno, quatro pacientes teriam ido à óbito, devido a Santa Casa ter interrompido os atendimentos que eram mantidos pelo Governo Estadual, em virtude da diminuição do repasse financeiro, ser insuficiente para manter os serviços. Culpa da Santa Casa? Óbvio, que não, restando lamentar, que vidas se esvaem, enquanto se usa o dinheiro público, para a mantença do poder, sinceramente, nenhum motivo existe para se comemorar o Dia Nacional da Saúde. Exceto claro, a gratidão aos abnegados médicos e pessoal da enfermagem, que mal-remunerados, atendem a gente nos P.A’s da vida, honrando o juramento de Hipócrates, mesmo aviltados pelo ministro da saúde, duvidando do sacrificado labor da distinta classe.
fonte: Da Redação
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