Artistas Anônimos
Data:10/02/2017 - Hora:08h42
Dizem que artista não nasce, IEPüe; não morre, sai de cena; Realmente, a maioria quando ascende ao sucesso, torna-se ícone de tietes, foco da grande mídia e se, inteligente, colhe os louros da fama na riqueza merecida. Claro, que mesmo com a pirataria, os atravessadores de direitos autorais, alguns sobrevivem e poucos chegam ao Olimpo.
Dentre os artistas, os mais injustiçados são os compositores, autores de musicas, para quem não conhece, os verdadeiros e reais Pais das Crianças, (as musicas) que adotadas pelos cantores, esquecem do genitor, o compositor, artista anônimo, criador e gerador da musica, a composição musical, trocando em miúdos.
Se o leitor analisar, nos dará razão, senão vejamos: o pintor assina a tela, o quadro, que mesmo pirateados, mantém o nome pelo falsário, pelo valor autografado; o escritor tem seu nome na capa, contracapa e ou lombeira do livro; o cantor, ah, este é destaque na capa do CD, do DVD, etc; o maestro, este é figura frontal da orquestra e assim por diante.
Já o oposto, o compositor, na grande maioria é simplesmente ignorado, deste pelos calouros às estrelas dos hit’s, nos programas de radio, TV e auditórios. O cara pega o microfone e com voz empostada, diz: “vou cantar uma musica da Xuxa, do Luan Santana, do Chitão e Chororó”, e assim a fila anda, ninguém sabe ou se preocupa em saber o nome do autor, do compositor da musica, o Pai da Criança.
Alguém deve se lembrar do Fio de Cabelo”, mas nunca disse que este sucesso nacional foi composto por Darci Rossi, que por sinal, faleceu no dia 20 de janeiro último e sequer foi lembrado numa linha da mídia. O que dizer de Índia”, aquela da pele morena, da boca pequena que todos gostariam de beijar enquanto ouvem e dançam. Mas quem dançou foi o autor, compositor desta bela guarania paraguaia, aliás, dois, José Assuncion Filho e Manuel Ortiz Guerrero, cuja musica foi abrasileirada na letra pelo saudoso José Fortuna.
Do radialista de barranco aos apresentadores globais, o descaso com os compositores tem sido algo criminoso lamentável, digno de repudio por discípulos de Caio Mecenas, o grande padroeiro dos artistas, poetas e músicos. Pela lógica, indispensável seria a referencia ao compositor antes da apresentação de sua musica, sob pena de multas aos omissos, cujo percentual fosse destinado aos autores vitimas, como forma de se atenuar o dano sofrido.
Como estamos no reino do faz de conta, o tupiniquinópolis, onde são muitos os deveres e mínimos os direitos, a pratica desafinada e lesiva aos compositores, figura como mais uma aberração que não merece a atenção da grande mídia, mas não passa em brancas nuvens em nossa análise.
Concluindo, entendemos que o respeito às estrelas Caetano Veloso, Chico Buarque e demais ícones sagrados, deva ser dispensado aos desconhecidos autores de musicas no todo, assim, como ocorre em países sérios, e aos demais artistas, como dito supra, (pintores, escritores etc) afinal, “Á César, o que é de César” e C’est-Fini, Bom Dia.
fonte: Da Redação
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