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Escolas: ensinando peixe a subir em árvore
Data:20/10/2016 - Hora:10h08

Apesar de ser a instituição a quem mais deve-se respeito, já passou da hora das escolas reformularem seus métodos e princípios. Não é mais possível admitir que o velho modelo de treinamento militar continue a existir dentro dos colégios, assim como tolerar que existe apenas uma forma de aprender.

Militar? Tem certeza? Ou será que dividi-los em fileiras, instituir ordens,  exigir resultados  e jornadas longas (normalmente de 8 horas) com curtos intervalos é algo diferente de um exército ou do seu emprego?

Pode até não parecer, mas o atual modelo continua tentando treinar os jovens para serem robôs, decorarem tudo o que for possível e preparar eles para aquele velho e engessado mercado de trabalho, mas acontece que o mundo mudou, o mercado mudou e a escola ainda não percebeu isso.

As escolas de 150 anos atrás costumavam formar os jovens para trabalhar nas fábricas, produzir, as notas em sala de aula eram atribuídas de A até F em alusão aos padrões de qualidade do mercado de trabalho, assim como foi utilizada por diversos regimes para treinar soldados, como por exemplo na Alemanha Nazista durante as primeiras décadas do século passado.

O mundo de 150 anos atrás não existe mais, por isso não precisamos de jovens com qualificações mínimas para trabalhar nas fábricas ou lutar em guerras, mas sim de pessoas que possuam a habilidade de se comunicar, interagir, inventar e serem criativas.  Contudo, infelizmente, estes talentos costumam ser os primeiros a serem suprimidos durante o caminhar educacional.

Até parece besteira, mas Albert Einstein já dizia que se fossemos analisar um peixe pela sua capacidade de subir em árvores ele se sentiria um eterno incapaz, ou seja, é preciso sair do velho modelo onde apenas habilidades básicas de matemática ou humanas sejam utilizadas para avaliar alguém.

É preciso avaliar o jovem de acordo com todas as suas habilidades, sejam elas na dança, no esporte, no teatro, na matemática, na história, na filosofia, na gramática e tantas outras que existem e não mais exigir do jovem aptidões e técnicas em áreas que não possui aptidão.

A crueldade desta exigência nos primeiros anos de vida podem trazer consequências pro resto da vida ou até mesmo ceifa-la, basta lembrar de países como Japão, China e Coreia, onde não raro jovens cometem suicídio por não se encaixarem no vestibular ou não atender uma expectativa acadêmica.

No que diz respeito a expectativa acadêmica, é interessante lembrar que é cruel o método de avaliação hoje utilizado pelo mundo, pois não é possível mensurar de fato quanto uma pessoa conhece ou se é inteligente ou não em uma folha com 100 questões de “marcar x”. Muito pelo contrário, é um terror e acaba apenas favorecendo aqueles cuja memória é geneticamente melhor. 

Remetendo-nos mais uma vez a Einstein, o “peixe” (aluno) cuja genética não lhe permitiu decorar tudo vai se achar incapaz pro resto da vida, sendo que na realidade este mesmo jovem pode ser um gênio da música.

Apesar de não ter influência direta no tema, é preciso dizer que o valor e a remuneração paga hoje aos professores é ridícula e que eles estão dando aula para 20% da população brasileira (em média) e 100% do futuro de nossa nação, ou seja, é preciso de forma urgente valorizar estes profissionais que sangram todos os dias para formar a próxima geração.

Sabe qual é o pior? O plano de ensino, remuneração e estrutura escolar normalmente é decidido por aqueles que jamais foram professores, num simples ato de caneta lá em Brasília, muitas vezes nas duas casas legislativas.

Por fim, você pai, você professor, você jovem, você político e você fiel leitor tem o dever, a obrigação e a missão de ajudar a construir um novo modelo de ensino que valorize as habilidades individuais de todos, que permita um ambiente acadêmico novo e, principalmente, valorize aqueles que estão dando aula todos os dias, pois são a profissão mais importante de qualquer democracia do mundo.

Akio Maluf Sasaki é acadêmico de Direito da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), preside a comissão dos Estagiários da OAB/MT, atua em cooperação internacional do turismo e escreve neste Blog todo sábado - akio@pontodeapoioturismo.com.br




fonte: Akio Maluf Sasaki



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