Nadador diz que omitiu fatos sobre falso assalto para proteger colegas
Data:25/08/2016 - Hora:08h58
Reprodução Web
O nadador olímpico Jimmy Feigen, dos Estados Unidos, fez seus primeiros comentários públicos na terça-feira sobre a polêmica na Olimpíada do Rio envolvendo Ryan Lochte e outros atletas da natação do país, que alegaram falsamente ter sido vítima de um asssalto na semana passada. Em um comunicado enviado à "NBC News", o esportista admitiu que omitiu alguns detalhes do ocorrido em um posto de gasolina para ajudar seu companheiro.
- Eu omiti o fato de que urinamos na parte de trás do posto e que Ryan Lochte puxou um cartaz da parede. Sei que cometi um erro ao omitir esses fatos. Eu estava tentando proteger meus companheiros e por isso peço desculpas - falou o nadador na nota.
Feigen é o último dos quatro atletas a divulgar sua versão dos fatos, que ocorreram após uma festa no dia 14 de agosto. Lochte inicialmente afirmou que, nesse dia, ele e seus colegas foram assaltados à mão armada por homens vestidos de policiais em uma espécie de blitz falsa. Mais tarde, a Polícia Civil do Rio de Janeiro desmascarou os americanos, cruzando depoimentos de seguranças e um vídeo. Na ocasião, um segurança teria exigido que eles pagassem o prejuízo causado ao estabelecimento.
Ainda no comunicado, Feigen diz que ele e os outros não sabiam que se tratava de um segurança. O guarda teria apontado uma arma para os nadadores e, depois disso, ordenou que que se afastassem do táxi onde pretendiam embarcar e que se sentassem no chão.
- Esta foi a primeira vez que alguém apontou um arma para mim, eu estava apavorado.
Feigen foi o último a deixar o Brasil. A polícia ficou com seu passaporte enquanto apurava o caso, mas Lochte já havia deixado o país quando veio uma ordem de um juiz para que eles não viajassem. Feigen só foi liberado depois de pagar multa de R$ 35 mil, destinada a uma fundação esportiva. Ele voltou aos EUA no último sábado. Os outros nadadores, Gunnar Bentz e Jack Conger, foram retirados de um avião na quarta-feira e interrogados, mas acabaram sendo autorizados a sair do Brasil posteriormente.
Feigen finalizou o comunicado falando sobre a transcrição de seu depoimento, toda feita em português. De acordo com o nadador, ele não teria sido avisado que suas palavras seriam posteriormente traduzidas para o inglês, assinando o documento assim mesmo. O nadador também revela que o acordo inicial para sua liberação estava em torno de R$ 101 mil, além de trabalhos comunitários. O valor teria aumentado para R$ 152 mil. Mas, após muita negociação, desceram para R$ 35 mil.
- Peço desculpa pelo drama que isso tudo causou na vida de todos. Sou grato por estar em casa, nos EUA, com minha família e por esta provação ter chegado ao fim - concluiu.
fonte: Globo Esporte
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