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Reforma previdenciária e privilégios
Data:21/07/2016 - Hora:08h49

Há décadas todos os governos, desde Sarney até o interino, farinha do mesmo saco, que apoiou Lula/Dilma, Michel Temer, usam de mentiras sobre o deficit da Previdência para cortar benefícios e jogar a carga da corrupção e da gestão incompetente nas costas dos trabalhadores do setor público e privado, para "solucionar o problema"

 Governantes que legislam em causa própria, que criam privilégios para si, para seus familiares, que se utilizam das estruturas do poder para benefícios próprios, popularmente entendidos como mordomias, altos salários e outras mutretas, enquanto a população sofre com uma carga tributária enorme, governantes que no exercício do poder não têm responsabilidade com os gastos públicos e não conseguem atender níveis de eficiência, eficácia e efetividade, não têm moral para propor reformas que, na verdade, apenas irão mais sofrimento, fome e miséria ao povo brasileiro.

Enquanto os trabalhadores e a classe média baixa precisam mourejar durante mais de 35 anos, de trabalho duro, uma jornada de trabalho de 184 horas, além de mais de  duas outras horas diárias para o deslocamento de casa para o trabalho e vice versa, para, ao final da vida, receberem menos ou apenas um salário mínimo, os marajás de nosso “Estado democrático de direito”  continuam aumentando seus salários, diversas vantagens, como auxílio moradia, férias/recesso duas vezes por ano, auxílios diversos e tantas mordomias que representam um escárnio ante o que o povão recebe. Nada disso é levado em conta quando os governantes usam de verdadeiro terrorismo verbal e burocrático para tentar demonstrar que um dos grandes problemas do país é o buraco da Previdência.

No entanto, nada falam e nada fazem para cortar os privilégios de uma elite que ganha altos salários e muitas mordomias e se aposenta com até um mes na função, como aconteceu em Mato Grosso há alguns anos, quando um presidente da Assembleia Legislativa, sendo o segundo substituto do governador que se afastara para concorrer a outro cargo eletivo, acabou aposentando como ex-governador, com pouco mais de um ano como governadores tampões ou substitutos; deputados federais, estaduais, governadores, presidentes da Republica, ministros, conselheiros de Tribunais de Contas e de outras instancias da administração pública se aposentam com menos de oito anos de “trabalho”, com todas as mordomias, além de vários que acumulam três, quatro ou até cinco aposentadorias.

Enquanto isso, os trabalhadores que ganham um salário minimo de fome se aposentam com a média das contribuições dos últimos cinco anos, valores corroidos pela inflação para sustentarem suas famílias que continuam na pobreza e na miséria. Boa parte dos aposentados brasileiros, tanto urbanos quanto rurais, precisam de programas como bolsa família, sacolões ou caridade pública para sobreviver e sustentar as famílias.

Atualmente, existem 28,2 milhões de aposentados no Brasil que recebem pelo INSS. Destes, 760 mil recebem menos que um salário mínimo; 66,8% ou 17,4 milhões  recebem apenas o piso básico que é de R$ 880 reais, praticamente um salário mínimo; 9,8 milhões recebem entre dois a cinco salários mínimos  e apenas 0,6% ou 180 mil aposentados recebem o teto máximo que é de R$ 5.189,82 e 93 mil recebem acima desse teto.

Em um país com tanta corrupção, com tantas quadrilhas de colarinho branco aliadas de empresários corruptos, com tantos privilégios para governantes e gestores de alto escalão falar em cortar benefícios das classes baixa e média baixa que ganham uma miséria é uma vergonha, um acinte, um desrespeito, uma injustiça, uma afronta a democracia e "a justiça social".

A corrupção, segundo um procurador da República que entregou ao Congresso Nacional um projeto de lei popular, de iniciativa do MPF como forma de se combater a corrupção em nosso país, é responsável por um buraco/roubo dos cofres públicos na ordem de R$ 200 bilhões por ano. Segundo o TCU, o Brasil “perde” anualmente em torno de R$ 150 bilhões com obras paradas, como as do VLT em Cuiabá.

Só o pagamento de juros sobre uma dívida pública que cresce bilhões a cada ano, o Brasil em 2015  gastou mais de R$ 450 bilhões em 2015 que, ao ser adicionados à rolagem e amortização, atingiu quase R$ 900 bilhões, ou praticamente 48% do Orçamento Geral da União.

A sonegação e a inadimplência representam mais de R$ 250 bilhões por ano e a renúncia fiscal por parte da União, dos Estados e Municípios chega a mais de R$ 200 bilhões por ano. Ou seja, existe uma incompetência generalizada por parte dos governos federal, estaduais e municipais para acabarem com esses buracos ou ralos por onde escoam bilhões ou quase um trilhão de reais por ano.

Ao invés de buscar ser mais eficiente na gestão pública, nossos governantes cortam recursos para políticas públicas, como educação, saúde, segurança, saneamento e meio ambiente, infraestrutura e outras mais e agora vêm com uma proposta indecente para marginalizar ainda mais milhões de trabalhadores, atualmente aposentados ou já no mercado de trabalho e que ao se aposentar em um futuro próximo irão viver na miséria e na exclusão social. Isto não é justo e nem humano.

Se for para cortar na carne porque não começar acabando com tantos privilégios, mordomias e mutretas dos governantes e gestores que também acumulam privilégios?

Boa parte, para não dizer a maioria, de nossos governantes na verdade são grandes demagogos e exploradores do povo! São eleitos ou nomeados para defenderem interesses e aspirações da população, mas usam as estruturas de poder para se locupletarem e defenderem seus interesses imediatos ou dos grupos que representam.

 

Juacy da Silva é professor universitário, titular e aposentado, mestre em sociologia, colaborador e articulista. E-mail: professor.juacy@yahoo.com.br




fonte: Juacy da Silva



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